Olá, faz tempo que não passo por aqui, muitos
devem pensar (e com razão) que o blog foi abandonado. Peço desculpas, os
últimos dois meses foram extenuantes, não é fácil conciliar faculdade, trabalho
e disciplina nos treinos. Resultado disso: pouco tempo para vir teclar com
vocês. Longe de reclamar, já que é a vida que eu gosto de levar, vou contar
como foi participar da “XVI Corrida e
Caminhada Cross Country”, organizado pelo Clube Campestre Jaraguá. Um
detalhe curioso, a data da prova, coincidentemente marcada no mesmo dia do
segundo turno das eleições (26/10/14).
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Clube Campestre Jaraguá |
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Percurso arborizado com início ao fim |
Reza a lenda (ou de fato, alguma lei que eu não
consegui encontrar), que é proibido organizar eventos em espaço público em dia
de eleição. De qualquer forma, a prova estava prevista para acontecer integralmente
nas dependências do Clube Campestre Jaraguá. A taxa de inscrição custou aos
meus cofres a bagatela de R$ 90,00 (noventa reais). A retirada do kit ocorreu
na Academia MG Personal Trainning
III, localizada no bairro de Pirituba, zona norte da cidade de São Paulo. Assim
que cheguei lá, na sexta-feira, encontrei nada menos que o popular Carlos Shibuya, fotógrafo-corredor que
não perde um clique com a sua câmera cybershot.
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Medalha caprichada |
Bom, não foi o melhor kit do mundo, uma
sacolinha de supermercado trazendo uma camiseta (simples, mas legalzinha), chip
de cronometragem descartável e o numeral de identificação. Poderia ser melhor?
SIM, poderia, mas são águas passadas. O domingo amanheceu nublado, com a leve
sensação de que teríamos um dia abafado pela frente. A distância do Clube
Jaraguá até a minha residência não chega a três quilômetros, portanto, optei
por ir caminhando. Na metade do caminho, fui abordado pelo corredor Luiz Zolli,
que me ofereceu carona até o evento.
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1ª volta: estava assim... |
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2ª volta: mais cansado... |
Lembro-me vagamente de já ter ido àquele clube,
ainda na adolescência, quando jogava futebol (mas a recordação não é lá das
melhores, já que a minha estatura não ajuda em nada a defender a meta num campo
– risos). Chegando lá, encontrei nada menos que o Tião Moreira, fotógrafo emblemático das corridas de rua (e mais
recentemente, de montanha). Segundo à organização, o evento contou com pouco
mais de duzentos participantes, distribuídos nas seguintes modalidades: 5 e
10Km, além de uma caminhada.
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Largada / chegada |
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Cara de felicidade da Clausen (pegou 3º lugar no pódio) |
O clube conta com uma área verde riquíssima,
muitos a conhecem como o “pé do Pico” (referente ao Pico do Jaraguá). Em todos
esses anos, sempre quis fazer essa prova, seja por ser no “quintal de casa”,
seja pelas ótimas referências daqueles que já fizeram. Antes da largada,
prevista para às 08h00, encontrei outro amigo, o Durval Kajimoto, que participa ativamente das corridas de rua. Também não posso deixar de mencionar a grande corredora Daniela Barcelos que também estava lá (que acabou faturando a prova no geral feminino). Outras pessoas, que conheço de vista, também marcaram presença, afinal, esse
evento acabou se tornando o centro das atenções, já que a cidade de São Paulo
estava concentrada nas eleições.
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Percurso |
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Exibindo a medalha |
Falarei agora sobre o percurso. Para mim, um
mistério total. Conversei com algumas pessoas e pude saber que se tratava de
duas voltas de 5Km, onde haveria em grande parte trilhas de terra batida e
cascalho, além de subidas e descidas a todo momento. O trecho de asfalto seria
apenas no primeiro quilômetro. A minha “tática” estava desenhada: percorrer a
primeira volta com cautela para conhecer o percurso e desenvolver o meu melhor
ritmo na última parte. A largada atrasou alguns poucos minutos, mas ninguém ali
estava entediado com isso, o clima era de confraternização.
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Com a minha amiga Clausen |
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Clausen secando o suor |
Segui o primeiro quilômetro de maneira tranquila,
sem pressa, penso que devo ter rodado acima dos seis minutos. Mas a passividade
durou até aí, já que o meu corpo “pedia” mais velocidade. Os postos de água
estavam bem posicionados, visíveis e abastecidos o suficiente para atender à
todos. Antes do terceiro quilômetro encontrei a Clausen Colins, que eu costumo chamar de “papa-léguas de saias”
(que fique claro que é trata-se de um elogio às performances – risos). Corri
praticamente sozinho boa parte da prova. Cruzei os 5Km com 27 minutos, ao
passar pelo pórtico, notei vários corredores dos 5Km que haviam terminado.
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Durval Kajimoto |
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Mesa de frutas (pós-prova) |
A segunda parte, foi “mais do mesmo”, o que não
sou nem um pouco favorável. Mesmo assim, procurei repelir esse pensamento e
seguir num ritmo forte, o que fiz até o final, concluindo com o tempo de 54:24. Recebi uma medalha muito
bonita, fazendo jus ao valor pago na inscrição. Já ia me esquecendo de falar
sobre o guarda-volumes, quando esse serviço acontece sem incidentes, passa
despercebido (o que é um ponto muito positivo para a organização). O melhor da
festa ainda estava por vir (sim, nem sempre a corrida é a melhor parte – risos),
um agradável café da manhã estava à disposição de todos na quadra poliesportiva
do clube (frutas, pães, sucos, amendoim e et cetera).
Prometi que usaria essa palavra por extenso (risos).
Os resultados estavam disponíveis no mesmo dia,
pela internet, no site da empresa responsável pelo aferimento do percurso,
cronometragem e recebedora das inscrições: ChipTiming (www.chiptiming.com.br). Um vídeo bem
bacana, mostrando a largada e a chegada de parte dos corredores foi
disponibilizado pelo canal “Folha Noroeste”, colocarei aqui para vocês
conferirem. Galera, é isso aí, espero que tenham gostado do relato da prova, um
percurso arborizado do início ao fim, um contato direto com uma natureza “urbana”
ainda intacta na cidade.
No próximo relato, contarei como foi a experiência
de correr em Brasília/DF, local da última etapa da Golden Four Asics.
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