Olá amigos, é engraçado como
essa coisa de “atleta-amador-anônimo” nos leva a tantos lugares diferentes,
coloca-nos á prova de muitos desafios e, em praticamente todas as situações
saímos da nossa zona de conforto e enfrentamos fobias que surgem em nosso
caminho. É bem verdade que concordamos com tudo o que está escrito no
regulamento, é também sabido que às vezes nem o lemos, fazemos tudo no
“automático”, sem contar quando chegamos ao evento momentos antes da largada.
Fazemos da corrida uma história com início, meio e fim, nada disso teria
sentido se fizéssemos pela metade, salvo os casos de contusão e abandono como
sendo o último recurso. Tentarei colocar algumas reflexões, atar alguns pontos
e deixar em aberto o espaço para novas ideias a respeito do que temos feito ao
longo do ano: o amor por correr onde quer que seja.
Este ano foi surpreendente
para mim, pois conquistei cinco troféus, fato inédito, ainda mais porque jamais
criei expectativas para tais acontecimentos. Além da protocolar medalha
pós-prova, coisa “comum”, qual a sensação de ter conquistado um troféu? Uma
mistura de satisfação, alegria e timidez são algumas das “fortes emoções” que
recaem sobre mim quando sou chamado pelo locutor para receber tal premiação. Nunca
fui um corredor para chamar atenção, muito pelo contrário, gosto da minha
discrição, apesar de que o blog me permitiu ser reconhecido por várias pessoas,
consideração que só elevam a minha autoestima. Os treinos deram o resultado
esperado, valeu a pena perder algumas horinhas de sono e transformá-las em suor
na academia.
As lembranças são boas, até
mesmo quando caímos em determinado ponto do percurso, em se tratando de provas
de montanha, as quedas são normais dentro desse contexto, anormal seria sair de
uma corrida dessas com as roupas intactas e sem nenhum arranhão. Teve momentos
em que quase torci o tornozelo, por sorte ou habilidade, mantive o controle da
situação em todos os momentos críticos. Sempre coloco no meu blog a foto da
medalha da corrida em questão, dessa vez postarei fotos dos troféus, acho que
deve ser enaltecido, se eu não estivesse lá, o corredor seguinte teria ganhado
e assim por diante. Ou mesmo aquele atleta que não foi poderia ter chegado à
minha frente, o importante é que o “se” não ganha nada, ele apenas sugere a
dúvida (que eu transformei em fato consumado).
Para este ano, ainda terei
pela frente a Corrida de São Silvestre, para coroar um período em que participei
de muitas coisas, cuja temporada teve início com a calorenta corrida na cidade mineira de
Paraisópolis, passando pelo frio cortante do El Calafate (vizinha Argentina),
desbravando barrancos dos mais variados tamanhos pelas cidadezinhas
interioranas do estado de São Paulo, além de conhecer as belas cidades de
Vitória e Vila Velha, onde tive a oportunidade de correr nas 10 Milhas Garoto. Conhecer
pessoas, observar costumes, experimentar culinária local, descobrir novas
rotas, caminhar por lugares desconhecidos, maturações que nos faz crescer dia
após dia, nos tornarmos seres humanos menos ignorantes e com mais capacidade de
enfrentar as coisas que são colocadas à nossa frente.
Gosto de viajar, de entrar
num ônibus na rodoviária, de passar horas me deliciando por devaneios estrada
afora, momentos únicos em que eu paro para ficar comigo mesmo. O ritmo do
dia-a-dia é estressante, nos consome até a última gota, chegamos ao final de
cada dia fatigados, a exigência do trabalho, dos treinos, das pessoas que
contam com você, enfim, as energias precisam ser recarregadas de alguma forma,
e uma boa noite de sono é de suma importância para o êxito das coisas. Será que
sonhar enquanto dorme cansa mais do que dormir às “cegas” e acordar noutro dia
tendo como última imagem a hora em que fechamos os olhos na noite anterior?
Acho que sonhar cansa mais, pois participamos de situações, a contra gosto ou
não, ainda mais quando “corremos” nos sonhos (risos). Prefiro sonhar acordado,
fazer com que o ato de dormir seja exclusivo para o descanso.
Outro ponto que abordo trata sobre o
que fazer quando estamos num lugar a passeio. Vejo pessoas a todo vapor para cá
e para lá em seus automóveis. Nada contra, apenas acho que a pessoa está perdendo
oportunidades únicas de conhecer afinco o local por onde passam. Salvas as
devidas proporções, determinados lugares requerem uma locomoção mais rápida. Como
disse o tenista suíço Roger Federer em visita ao Brasil: “Não vim aqui apenas
para comer, dormir e jogar tênis. Gosto de pessoas, experimentar novas comidas,
interagir com os fãs (...)”. É justamente isso a que me refiro, costumo dizer
que a melhor forma de conhecer um lugar é “caminhando por ele”. Basta verem as
fotos que tive a rara felicidade de tirar quando fui buscar o kit da corrida em
São Bento do Sapucaí. Se nos propomos a correr 12Km (ou mais) sob vários
aspectos difíceis, caminhar por 2Km seria o pior dos obstáculos? Dica: se estiver numa pequena cidade do interior, deixe o carro na pousada e vá "esticar as penas".
Onde quero chegar com este
texto? Aos troféus, certamente! (risos). É engraçado que, quando iniciamos uma
corrida, não sabemos o que vai acontecer, não temos a mínima noção se será
fácil ou difícil, o que sabemos é que nada está lá por acaso, já dizia um amigo
“a nossa única certeza é a dúvida”. Para vocês terem uma ideia, eu só sei o meu
tempo de prova ao cruzar a linha de chegada, dispensei o relógio faz alguns
anos. O prazer de correr venceu os limites da obrigação em se cumprir metas, a
minha única meta é concluir o objetivo proposto na prova, que é o de finalizar. Adianto que em 2013 voltarei a usar relógio em algumas provas. Ah propósito, muitos me perguntam sobre as Corridas de Montanha, adianto que o calendário 2013 já está disponível, vale a pena dar uma conferida no site www.corridasdemontanha.com.br. Também farei buscas em outros sites a fim de incrementar o leque de opções para os corredores (podem me cobrar nos próximos artigos!!!).
Abaixo as fotos dos
troféus que tive a honra de ser agraciado em 2012:
Corrida de Montanha - 10ª etapa - Mogi das Cruzes/SP |
Ranking Final 2012 |
Oi Daniel, posso resumir seu post em algumas palavras: amar o que faz!
ResponderExcluirParabéns por suas belas palavras, por todas suas conquistas durante estes anos todos! Fico muito feliz em ler um texto tão bonito e repleto da emoção que sente a cada competição.
Que 2013 seja um ano recheado de desafios, metas a serem cumpridas, emoções... e tudo isso envolto pelo amor que sente a seu esporte!
Um grande abraço e parabéns!
Oie Dan!
ResponderExcluirDepois de ler o seu relato das provas em que participou e de sua alegria e animação em mergulhar de cabeça nas corridas, o que posso dizer?
Simplesmente que você é um exemplo de garra, determinação, entusiasmo e, acima de tudo, de um atleta que busca sempre desafios e consegue vencê-los.
Os cinco troféus que conquistou são lindos e merecidos!!!
Parabéns!!! Beijos!
Lindo texto amigo. Corro por amor ao esporte. Viajo para me divertir, conhecer amigos e correr.
ResponderExcluirParabéns pelos troféus. Eles são a recompensa da sua dedicação.
Bjs.
Parabéns magnífico seu texto uma prova incontestável de amor ao esporte e a si mesmo.
ResponderExcluirOs amigos e amigas são a conseqüência deste amor e empenho.
Parabéns!!!
Parabéns magnífico seu texto uma prova incontestável de amor ao esporte e a si mesmo.
ResponderExcluirOs amigos e amigas são a conseqüência deste amor e empenho.
Parabéns!!!
Parabéns lindo texto!
ResponderExcluirbons treinos
Dan,
ResponderExcluirParabés pelos troféus, eles são na verdade reflexo do que você fez por você e pelo esporte que tanto ama. Eles te levaram a conhecer lugarea e pessoas pelo mundo que só acrescentaram beleza em sua vida e em seus textos e fotos, aliás, muito bonitas! Seu entusiasmo contagiante, mostra que 2013 promete! Felicidades!!!