Uma ideia brilhante. A OFF
MAP emergiu a este mundo de forma enigmática e misteriosa. Um silêncio
perturbador e, na medida em que o grande dia se aproximava, uma atmosfera
circunspecta, carregada de incertezas tomou conta do imaginário daqueles que
estavam inscritos. Sabia-se pouco: uma corrida de 16Km, em terreno de terra e
cascalho, altimetria de pouca elevação e só. As inscrições foram abertas no final
do mês de agosto, com um limite de 50 (cinquenta) participantes. O processo
seletivo começava naquele instante: ganharia o direito de realizar a inscrição
os corredores que apresentassem índice em provas de 21 ou 10k. Além de
sinistra, ainda era peça obrigatória comprovar performance para fazer parte dos
selecionados para compor a OFF MAP. Uma situação em que o dinheiro, num raro
momento, perdia a prioridade.
Após preencher o cadastro de
intenção, aguardei ansiosamente por um aceno da organização. Consciente de que
me enquadrava no requisito exigido, a resposta veio no dia seguinte, quando
recebi o e-mail com o que, de certa forma, já esperava: estava apto para correr
a OFF MAP. No e-mail havia instruções para efetivar a inscrição, começando por
um link que redirecionava a outra página, onde o processo seria finalizado,
incluindo o pagamento. A inscrição custou R$ 240,00, valor que, num primeiro
momento, deixa qualquer um ressabiado. No entanto, como o translado de ida e
volta estava incluído, esse valor me pareceu bem justo. Já que nem tudo pode
ficar a esmo, a data da prova era outra informação “aberta” ao público: dia 27
de setembro de 2014.
O site do evento, que deveria
conter todas as informações possíveis, apresentava o oposto: aguçava a
curiosidade de todos que acessavam. Nas palavras da organização, uma corrida
insólita, surpreendente e em local não revelado, cuja experiência seria inesquecível.
Outras inquietações foram surgindo: quem eram os outros quarenta e nove
corajosos? Para onde seríamos levados? Quais outras surpresas estariam
reservadas? Essas e outras perguntas ganhavam força no universo dos corredores,
intensificando as discussões nas redes sociais. Rolou até entrevista do Rafael Zobaran, um dos idealizadores do
desafio, à Rádio Bandeirantes, entretanto, nada novo foi revelado na conversa.
De que seria uma corrida “exclusiva” sob vários aspectos, disso não restava dúvidas,
o que gerou outra inquietação foi o fato de ser um evento restrito, ou seja,
não poderia ser acompanhada por familiares e amigos, totalmente voltada ao
atleta.
Faltando uma semana, todos os
envolvidos passaram a receber diariamente um e-mail com instruções e
recomendações sobre a prova. Em todas as mensagens, o atleta deveria responder
com a simples frase “Estou ciente”. Nada de muito revelador nas mensagens
recebidas, apenas instruções corriqueiras de como proceder no dia do evento. O
que realmente “sacudiu” o interesse individual foi a proibição do uso de qualquer
aparelho para fotografar, filmar e mapear o local. Considerando os dias atuais,
em que a tecnologia é um ingrediente indispensável e intrínseco no cenário do
mundo contemporâneo, tal medida certamente provocou diversas reações nos
atletas. A hidratação seria de responsabilidade de cada um, não estava previsto
a distribuição de água no percurso, portanto, portar uma garrafa de no mínimo
500 mililitros era outra exigência prevista.
Pois bem, outra jogada
interessante da organização foi manter em sigilo até o último instante o local
de onde partiria o ônibus que levaria os atletas ao destino final. Recebi o e-mail
na quinta-feira, faltando menos de dois dias para a “verdade ser revelada”. O “marco
zero” então foi tornado público: raia olímpica da Cidade Universitária, próximo
ao Velódromo. O local, reduto de corredores e ciclistas foi pensado, acredito
eu, para instigar a curiosidade dos frequentadores do local (nisso a organização
poderia ter caprichado mais, como parte do roteiro, poderia ser ter sido um
ambiente descaracterizado). Fui o primeiro a chegar, com medo de perder a hora
do embarque (06h00 em ponto, sem tolerância para atrasos). Experimentei pela
primeira vez o aplicativo Easy Taxi e
não é que funcionou?! Em menos de dois minutos, o táxi apareceu e me levou à USP.
Aos poucos os atletas foram
chegando, timidamente, sem muito saber ao certo como proceder. Conheci a
corredora Karina Teixeira, que estava
uma “pilha” de ansiedade, além de outras pessoas, como a Clausen Colins e o Bruno
Capron. Outro presente para o desafio foi o ultramaratonista Emerson Bisan, que como bom competidor,
gosta de novos desafios. A equipe de cinegrafistas da OFF MAP já captava as
primeiras imagens, parecia um reality
show. Outra recomendação dos organizadores: evitar olhar diretamente para
as câmeras, com acenos ou outra forma de contato direto, fazer daquilo o mais
natural possível, com isso daria mais senso de originalidade ao filme que
estava sendo produzido. Ser espontâneo, evitar traquinagens e agir com
naturalidade. Esse era o espírito OFF MAP.
Atrasos não seriam tolerados,
mas justamente o que não poderia atrasar, ainda não havia dado o ar da graça: o
ônibus. O organizador tratou de informar aos atletas que um contratempo havia
comprometido a chegada do veículo no horário previsto. Não sei precisar a hora
que partimos, estava como o smartphone desligado e sem relógio, mas creio que
deva ter atrasado uns trinta minutos. No instante seguinte, ao sair pelo portão
principal da USP, o ônibus simplesmente “apagou”. Por um momento eu pensei que
aquilo fazia parte do roteiro, ou seja, criar uma atmosfera de tensão nos corredores,
àquela altura, somado ao semblante de perplexidade do Rafael Zobaran (corroborando esplendidamente). No entanto, aquilo não
se tratava de uma farsa engendrada, ao contrário, era real, o ônibus estava com
problemas!
Passados mais alguns minutos
de espera, a engenhoca motorizada voltou à vida e assim “pé na estrada”. A
viagem duraria cerca de uma hora de trinta minutos. No trajeto, cada um foi
convidado a se levantar e dizer o nome da cidade de onde viera. Boa parte era
da região metropolitana de São Paulo, poucos do interior e dois, pasmem, de
Brasília. Recebemos um kit desjejum (banana, barra de cereal, biscoito salgado
e um suco), além da releitura de pontos importantes do regulamento da prova.
Durante a viagem fui conversando com o Bruno
Capron, nascido na França e que estava no Brasil concluindo os estudos.
Espantoso como ele fala bem o português, de forma clara e precisa, mostrando
uma ótima compreensão. Ainda no ônibus recebemos a camiseta personalizada,
customizada com o número de identificação, nome e sobrenome. Outro ponto inegociável
da cartilha, deveria ser usada durante todo o evento. Aqui uma ressalva, achei
um material simples, daqueles que desfiam facilmente (esgarçou logo de cara
quando coloquei o cinto de hidratação).
Estão curiosos para saber o
local misterioso? Até aquele momento todos também estavam. Pois bem, a angústia
chegou ao fim quando entramos na pequena cidade de Piracaia/SP, ruas estreitas,
formada por casebres, uma praça principal tomada por cavaletes de propaganda
política e um ar sereno, típico do interior. Cruzamos a região urbana da cidade
e seguimos por uma estrada bem estreita, repleta de curvas intensas, o que
requeria atenção redobrada. Ao investir numa subida mais íngreme, o ônibus
teimou em não conseguir, foi aí que as suspeitas se tornam evidências concretas:
o veículo apresentava condições muito aquém das informadas pela organização
antes da prova. Mas isso ganhou contornos mais expressivos, que contarei mais à
frente.
Pousada Figueira Grande (QG da OFF MAP) |
Já próximo do desfecho,
deparei com cenas avassaladoras, tanto para o bem, quanto para o mal: paisagem
natural de uma beleza singular, contrastando com represas quase que secas, foi
o meu primeiro “choque de realidade”, ao ver in loco a crise hídrica pela qual passa São Paulo atualmente.
Descemos do ônibus e seguimos a pé por aproximadamente uns trezentos metros,
até a Pousada Figueira Grande, quartel-general da OFF MAP. Lá trocamos de
roupas, usamos os banheiros e realizamos o aquecimento. O atraso inicial foi
barganhado por “renegociações da dívida”, ou seja, mais alguns minutos, dessa
vez em comum acordo com os envolvidos, para que a organização pudesse montar o
pórtico e assim pudéssemos ter uma largada “digna” de corrida personalizada.
Momento da largada |
Não me perguntem a hora em
que aconteceu a largada, os aparelhos eletrônicos continuavam desligados. Como
última orientação, devíamos nos situar no percurso da seguinte forma: sempre
apoiar o lado direito, exceto na largada, que devíamos entrar à esquerda. A
galera estava toda animada, nos posicionamos e ao final da contagem regressiva,
largamos em disparada rumo ao desconhecido. Não havia marcação de quilometragem
no percurso, apenas algumas fitas zebradas fixadas em galhos a cada trezentos
ou quatrocentos metros. Já pensou se tivesse entre nós alguém com espírito de Dick Vigarista? Um prato cheio para
boicotar a prova de muita gente (risos). Estrada de terra, com pedras soltas,
longas retas terminadas com subidas excruciantes. Passamos sobre pequenas
pontes, em frente a algumas chácaras, pelo caminho um grupo de cliclistas,
alguns poucos carros levantando poeira. Teve gente que viu vacas pelo caminho,
não presenciei, apenas cães vira-latas. Havia uma equipe de filmagem no percurso, além de um drone captando ótimas imagens do alto.
OFF MAP |
O percurso apresentava situações inusitadas, ao finalizar uma
determinada reta e dobrar “à direita”, uma sensação de déjà vu, com a forte impressão de já ter passado naquele lugar minutos antes.
Isso aconteceu comigo por diversas vezes, era como se eu estivesse vivendo um “loop
temporal” (acho que estou assistindo muito “Supernatural” – risos). Realmente
era um trajeto instigante, corria praticamente sozinho, espaçado em relação aos que
estavam à minha frente, provocando a mesma distância aos que estavam mais
atrás. Gostava daquele tom intimista, sem música, sem foto, sem áudio e sem “vozes”,
em contrapartida, um contato direto com a natureza, sem barreiras. Uma
experiência que precisa ser compartilhada com os milhares de praticantes de
corridas, que estão anestesiados com o frenesi da cidade grande, conformados e
exasperados com o cenário cada vez mais poluído, mais barulhento, mais
artificial. Precisam redescobrir o verde, relembrar que ainda é possível
harmonizar esses momentos que ficaram ao galerno do passado. Para o próprio
bem.
Uma das várias subidas |
Uma
informação que deixei de mencionar no início: das cinquenta inscrições
disponíveis, somente quarenta e dois estavam inscritos. A organização não
entrou em maiores detalhes sobre o fato. O ponto alto, lá pela parte final, foi
a exuberante visão de uma cachoeira, pena não estar com a minha câmera
fotográfica (ah, fotos estavam proibidas!), seguindo o rito de que a água “corre
de cima para baixo” para caracterizar a cena que eu descrevia (cascata), logo,
uma subida íngreme para encarar. Foi um dos poucos momentos em que caminhei,
acreditei ser o mais indicado a fazer naquele momento. Para minha surpresa, um
trecho de asfalto estava incluído no percurso, bem curto, não chegava a um
quilômetro, foi o que eu chamei de quebra do “loop temporal”, enfim, consegui
sair daquela “estrada repetida” (que não era repetida). Naquele instante não
passou nenhum carro, mostrando que o lugar realmente tinha ares de “esquecido”.
Imagem captada por drone |
De
dia é uma coisa, tudo muito “alcançável” aos olhos nu, fico imaginando aquele
lugar no cair da noite, um relento total. A escuridão seria um bom instrumento
para a despertar as criações imaginárias (e por que não, de haver coisas das
quais relutamos em acreditar?). Tudo é possível, o horizonte foi generoso
quando avistei o ônibus estacionado, indicando que estaria próximo da linha de
chegada. Não estava cansado, estava eufórico por ter feito uma corrida
consistente, considerando um percurso de nível aparentemente regular, mas com requintes
de crueldade (trechos “disfarçadamente” fáceis). Já participei de dezenas de
corridas de montanha, muitas delas bem mais difíceis que as enfrentadas em
Piracaia, porém, essa implicou minúcias jamais sentidas em outros eventos.
A "KGB" da OFF MAP |
Cruzei
a linha de chegada com o tempo de 01h19 minutos, onde fui recepcionado por uma
senhora muito simpática, encarregada de entregar as medalhas. Esse tempo me
colocou na 13ª colocação geral (vim a saber depois). As câmeras captaram as
minhas reações nos mínimos detalhes (ansioso para ver o trabalho finalizado). Juntei-me
ao grupo de pouco mais de dez atletas que já haviam concluído a prova. Fomos
presenteados com uma mesa de café da manhã abarrotada de opções, que iam desde
pães, bolo, queijo, leite, café, achocolatado, sucos de melancia e laranja,
coca cola, água etc.), tudo feito cuidadosamente para receber os bravos
guerreiros. Passado algum tempo, com praticamente todos já na arena de
concentração, recebemos a notícia de que um atleta havia se machucado no
percurso e outro se perdido. Bom, seguindo a linha de corrida “fora do mapa em
local desconhecido”, ter se perdido não foi nenhum demérito, ao contrário,
certamente esse atleta* terá mais histórias para contar, já que o objetivo
proposto não era ganhar ou perder, mas sim estimular uma experiência intimista,
única, trazendo um conforto peculiar em cada um.
*Nota do autor: a situação
passada por um de nossos colegas me fez lembrar (e associar) a filmes de
terror, em que uma pessoa se perde na mata e se depara com algum serial
killer (ou alguma criatura bisonha).
Nesse
ínterim, os aparelhos eletrônicos já estavam liberados, muitos ligaram para
seus familiares para tranquiliza-los, outros usaram as redes sociais para citar
as primeiras impressões (este que vos escreve foi um deles), enquanto outros optaram
por permanecer mais tempo OFF MAP. Como o “atraso” se tornou figurinha
carimbada no roteiro, recebemos a notícia de que o motorista do ônibus havia
passado mal e que já estava sendo providenciada a substituição, o que implicaria
um pouco de compreensão dos atletas. Ninguém esboçou nenhuma inconformidade, ao
contrário, todos levaram numa boa o imprevisto. Apesar de alguns estarem com
compromissos agendados, prevaleceu o espírito de bom senso, em que todos
mantiveram a homogeneidade. Houve a cerimônia de premiação, os cinco primeiros
colocados no masculino e feminino (nesse caso, as três primeiras e únicas mulheres
que participaram).
Assim
ficou a classificação final:
1°. André Gustavo Pizzinato Santos – 01:10:49
2°. Diego Scarpelli Simões – 01:11:21
3°. Itamar Agusto Goes – 01:11:47
4°. Danilo Balu – 01:13:04
5°. Bruno Capron – 01:14:16
1ª. Andreia Sekine Miranda – 01:18:46
2ª. Clausen Colins – 01:29:48
3ª. Karina de Azevedo Teixeira – 01:52:00
O
retorno foi angustiante, isso porque o ônibus de primeira classe, confortável,
com banco reclinável tipo leito, com travesseiro, e outros quetais, prometido
pela organização foi misteriosamente trocado por uma carruagem de quinta categoria.
Antes de chegarmos à área urbana de Piracaia, um problema de aquecimento causou
um atraso de mais de vinte minutos, onde ficamos parados numa estrada no meio
do nada. Depois disso, seguimos até o posto de abastecimento em Piracaia, onde
o ônibus passou por alguns “remendos”, para pelo menos conseguir chegar a São
Paulo. Fizemos a “alegria” da cidade, pois todos paravam para olhar o que
estava acontecendo. Nem contei o tempo em que ficamos ali, só sei que já
passava das 14h00. O Rafael Zobaran, simbolizava a “frustração” em
pessoa, não conseguia acreditar no que estava vendo. Tratou de nos explicar que
havia sido atraiçoado pela empresa de transporte contratada. Posteriormente, encaminhou
um e-mail a todos os envolvidos com a foto do ônibus que deveria ser o
destinado aos propósitos da OFF MAP.
Esquerda ou direita? Na dúvida, sempre à direita |
Duas
outras pequenas surpresas ainda nos aguardavam, uma parada inesperada no
pedágio, onde o ônibus foi impedido de seguir viagem enquanto não solucionasse
um problema em uma das portas e um último “pit stop” em outro posto de
gasolina, já na marginal tietê, para colocar água no radiador. Chegamos à USP
por volta das 17h00, todos cansados, alguns mais que outros, mas a experiência
valeu e muito, sobretudo pelo ótimo grupo de pessoas que estavam presentes,
onde a compreensão e a paciência conduziram as coisas da melhor maneira
possível. Não poderia ser diferente, boa parte são chefes de família, pessoas
com bom grau de discernimento, um grupo que merece os elogios pela forma
exemplar de comportamento. Cá entre nós, experiências assim são positivas
(desde que terminem bem), para sairmos da leniência que nos deixamos “abraçar”
pela rotina, enfrentarmos os imprevistos fora da zona de conforto, melhorar a
convivência em grupo, agregarmos valores na resolução de problemas e fazer
novas amizades. Já para o proprietário do ônibus, uma sugestão: OFFicina...ou mandem ele para um OFF MAP.
Camiseta customizada, pessoal e intransferível |
É
isso galera, essa foi a OFF MAP, espero que tenham gostado, procurei fazer uma
descrição minuciosa, não poupei elogios, como também não esqueci das críticas,
procuro na imparcialidade o ponto de equilíbrio das minhas manifestações. É
natural que eu tenha enaltecido sobremaneira a forma como a OFF MAP foi
conduzida, desde o processo de inscrição até o preenchimento do último ponto,
afinal, o evento me agradou bastante. As futuras edições estão em pleno
desenvolvimento, isso para 2015, por enquanto, aproveitem as fotos que estão
sendo postadas e o vídeo oficial, que será divulgado em breve. Parabenizo os idealizadores Rafael Zobaran e Renato Cavallieri, bem como aos demais envolvidos na organização. Agora que tudo foi revelado, hora de partir para uma nova OFF MAP.
Até
a próxima OFF MAP!
Daniel
Gonçalves, aprendiz de pequenas passadas,
com paciência, colocando uma perna à frente da outra repetidas vezes.
Grande Daniel Henrique,
ResponderExcluirParabéns pelo dossiê... excelente e pela prova realizada.
Grandes momentos...
Obrigada corredor.
Bons treinos!!!
Parabéns pelo relato Daniel e por todos detalhes descritos.
ResponderExcluirDeve ter sido uma experiência totalmente diferenciada por tudo que contou.
Obrigada por compartilhar seus olhares e opiniões conosco.
Abraços, e bons treinos!