NEW BALANCE EXCELLENT SERIES 15K

Uma prova muito bem organizada, devo dizer que foi uma ótima experiência participar de um evento chancelado pela New Balance. A inscrição ocorreu de forma seletiva, mediante comprovação de tempo nas provas de 10K, 21K e 42K dos últimos doze meses. Estava na dúvida se seria a minha última prova no ano, depois de ter declinado de correr a São Silvestre. Tudo dependia do ritmo dos meus treinos, não posso reclamar, vinha treinando bem, com qualidade, sem esforço desnecessário, consegui dividir minha semana de 6 dias mais 1 de descanso com natação, musculação e corrida indoor e outdoor.

A minha alimentação sofreu mudanças drásticas nos últimos 4 meses, com o acompanhamento da nutricionista esportiva Carol Faria, dizem que “nascemos outra vez” quando determinadas coisas ocorrem em nossas vidas, nesse caso, digo que “nasci” novamente para o esporte. Não tinha muitas referências sobre a New Balance, exceto quando comprei, nos idos de 2005, um tênis dessa marca, para correr provas rápidas. Só sei que o tênis durou pouco, tanto que tinha a sensação de estar pisando descalço, como resultado, nunca mais adquiri algo com esse nome. O símbolo "N" passou a significar "NÃO" (risos).

Foi bacana ver o meu nome disponível no site do evento, como um dos participantes qualificados para correr essa prova. Não que eu fique me gabando, o tempo exigido pela organização não chega a ser de outro mundo, apenas um critério um pouquinho rigoroso para a admissão dos atletas. Felizmente eu me encaixava nesse perfil, logo, teria que “caprichar” um pouco mais nos treinos e procurar fazer uma prova menos conservadora e mais objetiva. Lá estava eu no dia 08 de dezembro de 2013, nas dependências do Jockey Clube, para encerrar o meu ano em corridas oficiais.

A retirada do kit ocorreu dias antes, na “moderna” loja New Balance do Morumbi Shopping, com direito a distribuição gratuita de energéticos. A promoção de 20% de desconto em toda loja naquele final de semana fez eu comprar uma viseira. Voltando para a prova, cheguei cedo e assim pude me preparar tranquilamente. Outro ponto positivo da organização foi o horário da largada: 07h00. Juntamente com esse evento, havia outras provas ocorrendo simultaneamente na cidade e região metropolitana, talvez por isso o limite de inscrições não havia sido alcançado. Era, no mínimo curioso, saber que todos ali estavam para “correr”, literalmente.

Sem atrasos, a largada ocorreu de forma tranquila, sem “empurra-empurra”, onde boa parte dos atletas optaram pela tática de iniciar num ritmo forte. Lembro de ter falando em “caprichar”, portanto, o meu ritmo acompanhou a maioria, mesmo acreditando que dificilmente manteria a mesma dosimetria até o fim. A grande vantagem foi o fato de ter sido uma prova praticamente plana (exceto a subida da ponte Cidade Universitária na ida e na volta). O percurso é bem conhecido, saindo pela Avenida Lineu de Paula Machado, passando em frente à entrada principal da USP e seguindo até as proximidades do Parque Villa-Lobos, onde é feito o retorno. Percebi que boa parte dos atletas estavam levando a prova a sério, pensamento similar deste que vos escreve.

Quando o sol resolveu dar o ar da graça, eu já estava na reta final, próximo do quilômetro treze, faltando apenas dois para cruzar a linha de chegada. Muitos fotógrafos pelo caminho garantiram a alegria da galera (se pudesse compraria todas fotos – mas o $$$ - me fez escolher umas duas, no máximo três). Finalizei os 15Km com o tempo de 1h07min cravados, um minuto acima do meu recorde na distância (acho que foi em 2005 ou 2006 quando corri para 1h06). Tenho motivos de sobra para comemorar, havia me tornado um corredor bem mais lento, por causa das provas de montanha e concluir com um pace médio de 4:30 é satisfatório.

Para coroar o ótimo evento, havia uma mesa de café da manhã (pães, sucos, bolos e frutas) a disposição de todos os atletas. Como fui um dos últimos a deixar o local, pude constatar que sobrou lanches e sucos, acredito que nenhum atleta dirá que saiu insatisfeito (exceto pela “guerra” para pegar os energéticos, cujo estoque não durou muito). A decisão de encerrar o ano com esse evento foi ratificada, dessa vez assistirei a São Silvestre pela televisão, mas sem qualquer arrependimento. O meu corpo está respondendo muito melhor depois que eu tomei a decisão de fazer menos provas e dar mais enfoque nos treinos.

No próximo relato farei um balanço do ano de 2013, uma espécie de retrospectiva, fatos curiosos e importantes que merecem ser lembrados.