Olá
corredores, depois de uma sequencia de provas de média distância, uma novidade despertou
o meu interesse: a inédita “1ª Corrida
Rústica Base Aérea São Paulo – GRU”, prevista para o dia 04/08/13. A ideia
de correr uma prova dentro da Base Aérea de Guarulhos, um local restrito, onde
trabalham os militares da aeronáutica, além das trilhas de terra batida,
passando por pontos até então desconhecidos do público em geral, fez com que eu
não pensasse duas vezes ao realizar a inscrição. A organização ficou por conta
da K10 Esportes, ao custo de R$ 90,00 (noventa reais) no período inicial,
aumentando para R$ 100,00 (cem reais) na última semana antes do evento.
Conversando
com as minhas amigas Carla e Solange, fiquei sabendo que elas também estavam
inscritas, combinamos de nos encontrarmos lá e tirarmos boas fotos. A retirada
do kit ocorreu na própria Base Aérea, na véspera, onde fiz questão de ir para
conhecer o caminho e não ter surpresas no dia seguinte. Até que a ida não
demorou muito, a entrada no local é controlada, um militar solicita um
documento com foto e o registra em livro de controle de visitantes, com nome
completo, horário e o propósito da entrada. Procedimento similar ao sair das
dependências da base. Não peguei filas, a medalha e o troféu estavam expostos,
saciando a curiosidade de muitos.
O
meu retorno a São Paulo foi tremendamente demorado, peguei um ônibus cujo
desembarque ocorreu numa pequena rodoviária em Guarulhos, eis que passei mais
de uma hora e meia esperando o ônibus com destino à rodoviária do Tietê, isso
me aborreceu e muito. Compadecida com a situação, a Solange me ofereceu carona
para o dia da prova, aceitei, pois não queria passar novamente pelo ocorrido da
véspera. Gostei da camiseta, manga comprida, cor preta e bem desenhada com o
logotipo da prova. Depois, fui saber que os primeiros inscritos ganharam uma
viseira, outro ponto que me desagradou, certamente eu escreveria para os
organizadores manifestando a minha discórdia. Acabei não escrevendo...
No
domingo pela manhã, aparentemente quente, conheci a Silvia, irmã da Solange,
que também estava inscrita. Então, nós três seguimos para o evento, chegamos
muito cedo, o bom de pegar a marginal aos domingos é que o tráfego de veículos
é bem reduzido. Elas estavam inscritas para os 5Km, cujo percurso seria
integralmente no asfalto. A visão da Base Aérea é privilegiadíssima, pois é
possível observar sem qualquer obstrução o aeroporto de Cumbica, os aviões
decolando e aterrissando, além dos jatos particulares que fazem uso da pista.
Uma visão única e certamente inesquecível aos olhos do público ali presente. Nem
preciso dizer que aproveitei a ocasião para registrar várias fotos.
Antes
da largada, todos ficaram em silêncio para o hasteamento da bandeira, seguido
do canto do hino nacional. Depois disso, ouviu-se um disparo (ou um ruído
próximo disso), a prova começou simultaneamente para as
duas distâncias (5 e 10Km), eu estava com uma boa disposição naquela manhã e
acabei não percebendo o ritmo forte que havia imposto no início. A primeira
metade foi integralmente em asfalto, depois disso o momento mais aguardado
pelos corredores: as trilhas, o “sobe e desce”, o contato com a natureza,
passamos também por uma rua em paralelepípedos onde ficava a residência dos
militares, até atingirmos novamente o asfalto e seguirmos para o final da
prova. Quase não precisei de água, foi uma prova de “tiro curto”, a temperatura
estava agradável, no entanto, tomei um ou dois copos de água.
Conclui
os 10Km com o tempo de 45min41seg, o que me deixou muito satisfeito, ainda mais
pelo fato de ter me tornado um corredor mais lento, devido as muitas provas longas que participei ao longo do ano. A medalha eu já conhecia, mas fiquei contente porque a que
eu vira no dia anterior não era a “minha”, portanto, o objetivo estava completo
ao recebê-la e estampá-la no peito. A minha amiga Carla, ainda me presentou com a
viseira da prova, justificou dizendo preferia boné, coroando ainda mais aquela
ótima manhã de domingo (risos). Senti falta apenas do tradicional isotônico,
compensado com barras de torrone e maçãs.
Uma
coisa que vem me incomodando nos últimos tempos são as “invencionices” dos
organizadores em montar categorias de faixa-etária. Sempre entendi que o padrão
são aquelas compostas por janelas de quatro anos (20-24, 25-29, 30-34 anos, etc.),
o que tenho visto são extensas categorias de 16-29, 30-39, 25-34 anos, isso
acaba minando a chance de muitos atletas em objetivar uma colocação melhor
dentro da sua faixa etária. Alguns justificam que é a pouca demanda de atletas
em determinadas faixas-etárias, porém, não acho justo que categorias sejam
montadas para compor quórum de atletas. E também não adianta a organização se
resguardar dessa questão só porque está escrito no regulamento, questões como
essa devem ser colocadas na pauta a ser debatida para a próxima edição.
Para
finalizar, reitero que foi uma experiência muito positiva correr nas
dependências da Base Aérea de Guarulhos, pudemos desfrutar de momentos muito
bacanas, onde mais uma vez o esporte abriu “fronteiras”, nessa linguagem
universal que são as corridas de rua. Parabéns aos organizadores pela
iniciativa de levar um evento esportivo para um local histórico, com uma vista
exuberante de pousos e decolagens, garantindo mais um grande dia com boas
histórias.
Informações
sobre a prova:
Até
a próxima
Com tudo isso, certeza que o que mais agradou foi a vista privilegiada do aeroporto, não adianta, é fascinante!!
ResponderExcluirOi Solange,
ResponderExcluirFoi uma ótima experiência poder conhecer a Base Aérea "correndo", já a vista do aeroporto foi única, pois já tive essa vista, mas de dentro do aeroporto. Você teve a mesma oportunidade, afinal, também esteve na prova.
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