Olá amigos, a ideia de
seguir com os treinos após a difícil corrida em Mogi das Cruzes foi
interrompida por um incomodo nas costas, que me tirou do “combate” por duas
semanas. Foi constatada uma pequena inflamação na região cervical, levando em conta que estava em férias, resolvi aproveitar o período para descansar. Nesse ínterim, fui
informado a respeito da realização da corrida de pedestre intitulada Tricolor Run, marcada para o feriado de 15 de novembro. Seria mais uma
corrida normal, não fosse o fato de o São Paulo Futebol Clube ser o meu time do
coração, motivo primordial para eu incluir essa prova nos meus planos. Dessa
forma, fiz a inscrição ao preço de R$ 90,00 no site “Minhas Inscrições” e segui
com a recuperação.
A retirada do kit aconteceu
na loja esportiva “Mundo Corrida”, localizada no Ibirapuera. Numa sacolinha
personalizada do tricolor continha uma belíssima camiseta do clube paulista, além
do número de peito com o chip de cronometragem acoplado (uma novidade) e
amostras de produtos da marca “Nivea”.
Não me lembro de ter participado de uma prova numa quinta-feira, confesso que
era “inusitado” me preparar para correr num dia de semana. Não cheguei a olhar
o mapa do percurso, porém, por conhecer o bairro do Morumbi, sabia que haveria
algumas subidas e descidas. Como disse uma amiga “Daniel, não reclame, pois nas provas de montanha existem subidas muito
piores”, de fato, mas em outras circunstâncias.
A quinta-feira amanheceu com
o tempo nublado, com o sol escondido entre nuvens carregadas, o que me agradou,
pois só o fato de não estar aquele calor escaldante já era motivo para ser
comemorado. A concentração aconteceu nas dependências do Estádio Cícero Pompeu
de Toledo, popularmente conhecido como o Estádio do Morumbi. Por ser um
feriado, as ruas estavam tranquilas, aos poucos os atletas foram chegando e
ocupando a parte interna do estádio. O guarda-volumes estava bem organizado,
sem filas e com os staffs fazendo um trabalho eficaz. Pouco antes da largada,
uma fina garoa cobriu a cidade, dando a impressão de que a temperatura cairia
ainda mais. Instantes depois, encontrei o Durval Kajimoto e o Marcio Farias, dois amigos de longa data.
A prova tinha duas
distâncias, sendo 8Km o percurso em duas voltas e 4Km em volta única. Estava
programada também uma corrida infantil, que seria realizada após o evento
principal. A título de curiosidade, o evento Tricolor Run foi
idealizado em comemoração aos 20 anos da conquista do 1º Mundial de Clubes pelo São Paulo Futebol Clube, em 1992, uma jogada de marketing
interessante, o que fez esgotar as três mil inscrições colocadas a disposição.
É verossímil afirmar que boa parte desses atletas eram são-paulinos, apesar de
que a proposta do evento é reunir adeptos do esporte, independente do time para
o qual torçam. Antes desse evento já havia acontecido outras duas provas
semelhantes: Timão Run e Palmeiras Run.
A largada aconteceu na pista
de atletismo do estádio, pontualmente as 08h00, ao som do Hino do time
paulista. Os atletas saíram por um dos portões, seguindo em direção as ruas do
bairro localizadas atrás do estádio. Logo de cara a primeira subida, apesar de
tranquila, foi uma espécie de “aviso”, pois a ladeira seguinte não tinha nada
de convidativo. Por ser início de prova, não tive problemas para correr
naquelas circunstâncias, sempre havia uma descida para compensar o gasto de
energia investido (pelo menos no meu caso). Havia apenas um posto de água no
percurso, localizado entre o segundo e terceiro quilômetro, uma garrafinha de
água que mais parecia um souvenir
personalizado do São Paulo (parecido com aqueles entregues ao final de festas
como recordação), mas que serviu prontamente para a hidratação.
Durante o percurso foi
possível observar o clima de festa entre as pessoas, quase todos
“uniformizados” com a camiseta tricolor, havia pais conduzindo seus filhos em
carinhos, havia pessoas caminhando, havia também os atletas profissionais
naquele “eterno” clima de competição, capitaneados pelo Adriano Bastos (vencedor
da prova de 8Km), tudo num cenário amistoso e saudável. Gostei da boa
quantidade de fotógrafos espalhados pelo percurso (Tião Moreira, Olho no
Atleta, Mídia Sports, Funf Sports, etc.), mostrando o prestígio alcançado pela
organização logo em sua primeira edição.
A chegada, na mesma pista
que aconteceu a largada, foi uma verdadeira festa, os atletas cruzavam o
relógio digital sob os cliques de várias câmeras, tamanha foi a cobertura dos
profissionais de mídia. Recebi uma bela medalha, além de um isotônico e uma
sacolinha com frutas e lanche. O guarda-volumes funcionou sem nenhum problema,
até ali estava tudo perfeito, porém, quando foi para a organização “ganhar um
dez”, fui obrigado a reduzir o meu conceito. Havia um equipamento de fotografia
instantânea gratuita, cortesia dos organizadores, resolvi encarar a fila, o que
me custou mais de cinquenta minutos. Quando finalmente chegou a minha vez,
descobri que a foto seria apenas impressa, não seria disponibilizada no formato
digital. Nem mesmo o porta MP3 de braço como brinde da Petrobrás me consolou
(risos).
A minha expectativa é que
não apenas esse evento, mas também os que envolvam a bandeira de outras
torcidas possam efetivar-se no calendário de corridas de rua, como uma
iniciativa de agregar pessoas e quebrar certas barreiras que o futebol impõe em
determinadas situações. Seja corrida do São Paulo, do Corinthians, do Palmeiras
ou de qualquer outro clube, torço para que todas aconteçam em prol da cidadania,
da camaradagem, da saúde e dos princípios morais que regem o espírito
esportivo. Dessa forma, as corridas vestidas com camisetas de clubes de futebol
serão bem vindas, do contrário, melhor que permaneçam onde se encontram e não
maculem a pureza das provas de pedestrianismo, que abrilhantam o cotidiano dos
adeptos.
Um ponto positivo para a
organização foi a facilidade de visualizar as informações no site (www.tricolorrun.com.br),
além da obtenção dos resultados oficiais no dia seguinte à prova (16/11/12). Também
foi possível imprimir os resultados em certificados, realizar o download
gratuito de fotos da chegada (mediante pesquisa por número de peito ou nome
completo), sem contar a boa oportunidade de conhecer ou retornar ao Estádio do
Morumbi, numa circunstância incomum, pois não foi com a principal finalidade
(assistir jogo de futebol). Só para registrar: terminei os 8Km com o tempo de
37min, senti um desconforto por ter corrido com tênis novo (esse relato foi
escrito três dias após a prova), o que me deixou com o tornozelo esquerdo
inchado e depois dolorido.
Ainda na própria
quinta-feira, mais tarde, fui ao Fran’s Café e experimentei o delicioso “Belgian Waffle”, que vocês podem conferir abaixo:
É isso aí pessoal, o meu
próximo desafio será a última etapa da Copa Paulista de Corridas de Montanha, que
acontecerá na cidade de São Bento do Sapucaí/SP, no próximo dia 25/11/12.
Aew Dan!!! Parabéns por mais essa corrida, com um plus de ser no Morumbi e vestir a camisa do São Paulo, eh oh eh oh!!!! agora, depois desse doce aí, que tornozelo inchado que nada hein? E muita boa sorte na etapa final nas corridas de montanha!!
ResponderExcluirOi Daniel,
ResponderExcluirParabéns por mais uma grande prova! Por todo seu relato deve ter sido um evento fascinante.
Melhoras para você e bons treinos!
Fico no aguardo dos próximos relatos!