Olá amigos, essa prova
estava na minha “mira” há algum tempo, tanto é que neste ano procurei
priorizá-la com três meses de antecedência. Para quem não conhece, essa prova
acontece no Estado do Espírito Santo, com a largada em Vitória e a chegada em
Vila Velha. Pelo nome badalado da prova, até que a inscrição custou barato (R$
55,00), valor baixo comparado às corridas realizadas na capital paulista (no
período inicial as mesmas inscrições eram feitas a simbólicos R$ 40,00). Mas
isso não era tudo, era necessário comprar passagem aérea e reservar o hotel e
saber quanto tempo eu iria permanecer por lá. Depois de algumas pesquisas,
comprei a passagem no site do Decolar.com e reservei o hotel “Sol da Praia”,
tudo por valores bem razoáveis.
A minha expectativa era
grande, pois ainda não conhecia o estado capixaba, portanto, era apenas
aguardar o dia da viagem. O embarque estava marcado para o dia 01/09 (sábado e
véspera da prova) e o retorno programado para o dia 02/09 (isso mesmo, o famoso
“bate-volta”). Na sexta-feira (31/08) trabalhei normalmente, porém, todos sabem
como é esse dia na cidade de São Paulo, principalmente entre 18h e 21h00. A
exemplo de milhares de paulistanos, o trânsito atrapalhou meus planos de chegar
em casa mais cedo, de forma que, ao chegar em minha casa, tive que “correr”
para organizar a mala (com a ajuda da minha avó). Isso porque tive a ideia de
passar a noite por lá (no aeroporto), visto que seria muito dispendioso acordar no início da
madrugada.
Passei a noite de sexta para
sábado em “claro”, aguardando o voo na sala de espera, porém, graças ao
notebook, as horas passaram rapidamente. Mas nada foi mais esquisito do que
comer no Mac Donald’s do aeroporto às duas horas da manhã, realmente foi um
tanto fora do comum (risos). O voo seguiu sem atrasos e em pouco mais de uma
hora já me encontrava em terras capixabas ou espírito-santenses. Desembarquei
no pequeno e agradável aeroporto Eurico Aguiar Salles, em Vitória, lá pelas 08h00min,
com o dia já apresentando claros sinais de que seria bastante quente. O meu
check-in no hotel seria apenas ao meio-dia, portanto, ao invés de pegar um
táxi, resolvi seguir caminhando, afinal, não estava com pressa.
Tenho em mente a premissa de
que, para conhecer um lugar, nada como caminhar nele, afinal, de carro tudo é
muito rápido e perdemos os detalhes (salvo as exceções de distâncias muito
longas ou pressa para o cumprimento de obrigações). O meu perfil naquele dia
era o de turista, com isso, pude conhecer logo de cara a Praia de Camburi,
localizada na avenida onde eu me hospedaria (futuro, pois ainda não tinha
chegado ao hotel – risos). Ao chegar ao hotel, fiz o check-in, porém, tive que
aguardar cerca de uma hora, pois ainda não havia quarto disponível. A retirada
do kit seria no próprio sábado, na Fábrica de Chocolates Garoto, em Vila Velha.
Deixei as minhas coisas no hotel, pedi algumas informações na recepção e fui
buscar o kit.
Não demorou mais que
quarenta minutos, de ônibus, para chegar a Vila Velha, encontrei um “velho
conhecido” que volta e meia atrapalha o meu caminho em São Paulo: o trânsito
(risos). Notei que Vila Velha “respira” chocolate, basta olhar nas ruas, é
quase que uma regra alguém na rua com uma sacolinha com chocolates. É bem
verdade que a Fábrica da Garoto está localizada numa região comercial da cidade
e o número de turistas também contribui para a grande movimentação de pessoas
nas ruas. A retirada do kit aconteceu num clima de “feira livre”, pois estava
abarrotado de gente e todo mundo falando ao mesmo tempo, apesar disso, mesmo
esperando uns quinze minutos na fila, retirei o kit sem maiores problemas.
Nele, uma bela camiseta na cor amarela, número de peito personalizado com o meu
nome, chip de cronometragem de punho e informativos.
Ainda no sábado haveria um
jantar de massas oferecido pelos organizadores. Por algum momento relutei em
ir, pois estava cansado (não havia dormido direito) e optaria em jantar num
lugar mais perto (em Vitória mesmo). Entretanto, mais uma vez a frase “Sou
turista e estou a passeio” veio à mente, em vez de ficar no hotel, resolvi ir
ao jantar de massas, afinal, era “grátis” (risos). Quando cheguei, uma fila
quilométrica de pessoas na entrada da fábrica, o arrependimento já estava
latente, mesmo assim resolvi encarar a fila para ver no que ia dar. E valeu a
pena, conheci corredores de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro, falamos de
algumas provas, entre elas a São Silvestre etc. O jantar foi ótimo, fomos
servidos de um prato de macarronada, pão, dois copos de suco e dois bombons, ao
final, ainda um sorvete como cortesia. Retornei à Vitória e fui direto para a
cama!
Acordei com o som dos
alto-falantes da prova “batendo à minha janela”, isso porque a largada era bem
em frente ao hotel em que eu estava hospedado, aliás, o hotel, cujo nome leva
oportunamente o nome “Sol da Praia”, fazia jus àquele domingo que amanhecia
combinado com um céu esplendorosamente azul. Tomei um rápido café e em poucos
minutos já estava pronto para correr. A galera estava muito animada, segundo
dados da organização, havia mais de seis mil participantes, garantindo o
sucesso do evento. A prova começou exatamente as 08h00min, com todos partindo
rumo a Vila Velha. O percurso em si foi praticamente plano, exceto quando
iniciei a subida pela 3ª Ponte, que separa as duas cidades (Vitória e Vila
Velha). Nesse momento saquei a câmera fotográfica para registrar algumas fotos,
sem dúvidas um visual exuberante (como vocês poderão observar nas fotos).
3ª Ponte |
O calor consumia e fatigava
muitos atletas, ainda na ponte era possível ver várias pessoas caminhando,
talvez a melhor forma de poupar energias para os quilômetros seguintes. Em
vários pontos do percurso havia pessoas, moradores e turistas, incentivando os
atletas, numa clara demonstração de que o evento já incorporou às raízes
culturais das duas cidades. Já em Vila Velha, passei por áreas residenciais, um
longo trecho na orla da Praia da Costa, até o caminho em direção à fábrica da
Garoto. Não tive problemas nos postos de água, todos bem abastecidos, aliás,
vale ressaltar a boa sinalização no percurso, mesmo nas ruas onde existe um
grande fluxo de veículos. O final foi sensacional, a estrutura montada para
receber os atletas foi grandiosa, havia arquibancadas nas duas laterais
repletas de pessoas em polvorosa. Conclui os 16Km com o tempo de 1h26min, o que
me deixou muito satisfeito. Recebi uma medalha bacana, similar a um chocolate
(pelo tamanho e formato), além de uma sacolinhas com frutas, chocolate
(talento) e suco de caixinha. Também teve isotônico servido em copo aberto.
No local de dispersão, havia
uma banda tocando músicas ao vivo, pop e rock, acompanhei por alguns instantes,
depois fui pegar as minhas coisas no guarda-volumes (aqui faço uma menção
elogiosa ao trabalho organizado e rápido dos staffs na devolução dos volumes).
Retornei ao hotel, ainda com tempo suficiente para tomar um sorvete e curtir o
visual da Praia de Camburi. Arrumei a minha mala e fui ao aeroporto (dessa vez
de ônibus – risos). Apesar de ter sido uma viagem “relâmpago”, pude conhecer as
duas cidades e trazer boas recordações de tudo que conferi naquele final de
semana. Para quem nunca correu essa prova, eu recomendo e ainda sugiro que vá
disposto a ver e a comer bastante chocolate (risos). Só achei esquisito a loja
de Fábrica da Garoto vender a tradicional caixa amarela com um preço superior à
mesma encontrada nos supermercados daqui, enfim, como diz a minha amiga Solange
“tem coisas que é melhor não entendermos...).
Destaco mais uma vez a linda medalha que recebi ao término da prova:
Este relato está muito
atrasado, no entanto, fiz questão de escrevê-lo em detalhes, pois a 24ª edição
das Dez Milhas Garotos só ocorrerá em 2013, portanto, estou dentro do
prazo para apresentar a minha história (risos). Em nosso próximo encontro, contarei
como foi a minha participação na 20ª Maratona Pão de Açúcar de Revezamento, onde completei
oficialmente 11 anos de corridas e que os 10Km inicialmente planejados acabaram
se tornando mais de 20Km num dia tão quente quanto os presenciados em terras
capixabas!
Até a próxima pessoal!
Que legal seu post Daniel!
ResponderExcluirRealmente é uma prova diferenciada. Espero um dia participar também.
Um grande abraço e fico no aguardo do próximo relato!
Que lugar lindo! Tenho muita vontade de correr fora de SP, ver uma paisagem diferente. Mas tem essa, pagar passagem, Hotel, não é fácil.
ResponderExcluirAchei a medalha bem bonita tbm.
Parabéns pela prova.
Bjs
Prova diferente e muito bonita. Vou mw programar para participar de uma das edições.
ResponderExcluirSucesso!
Roberto
http://corredoresdeverdade.blogspot.com.br
Dannnnnnnn, antes de chegar ao Espirito Santo, vc quase sentiu o q o personagem do Tom Hanks no "Terminal", passou, mas um pouco melhor, com tecnologia, eba!!!! Q prova de fogo hein? E vc tirou de letra, Parabéns!!! vc deu tantos detalhes da viagem q vou ter q comentar....., a cidade respira chocolate e os turistas, incluindo vc, transpiram choco, né? rsrs o legal de td isso eh q vc curtiu! E, ah!! concordo com sua amiga "tem coisas q não conseguimos entender mesmo, deixa rolar.... bjs
ResponderExcluirBom dia Daniel, este ano vou correr minha primeira 10 milhas na Garoto. Pelo que li em seu relato, deslocar-se em Vitória e Vila Velha não apresentou dificuldades. Espero ter a mesma sorte. Um abraço.
ResponderExcluirEduardo Cordeiro
http://corrodemodonadaincerto.blogspot.com.br/
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