quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Circuito Contra o Preconceito


Olá amigos, mal tinha terminado os 10Km da FILA Night Race, no sábado à noite, e um compromisso no domingo pela manhã me aguardava. Estava inscrito para correr os 5Km do Circuito Contra o Preconceito, no centro da cidade de São Paulo. Não me recordo a última vez em que havia corrido essa distância, entretanto, realizei a inscrição pela causa e oportunidade de “rever” o centro histórico da cidade. A organização ficou a cargo da Secretaria de Esporte, Lazer e Cultura, do Governo do Estado de São Paulo, cujo patrocínio permitiu que as inscrições fossem gratuitas, levando uma intensa procura por parte dos interessados. Não tive problemas para me inscrever, todo o processo foi realizado pela internet.


A intenção do evento era a conscientização das pessoas a respeito dos mais diversos tipos de preconceitos que infelizmente assolam o nosso dia-a-dia. O objetivo é a integração dos jovens como seres iguais, onde todas as tribos, crenças, preferências sexuais e tipos físicos possam viver sem hostilidades, e nada melhor que o esporte para estimular essa nobre bandeira entre as pessoas. Achei a causa muito nobre e não pensei duas vezes em participar. Apesar de ter corrido na noite anterior, não sentia cansaço, pelo menos o corpo ainda não havia dado o sinal de alerta.


Alguns contratempos ficaram a cargo da retirada do kit, que inicialmente ocorreria na véspera, depois foi transferido de última hora para o dia da prova (fomos notificados via email na sexta-feira). Percebi que muitos corredores não gostaram, afinal, nem todos acessam a internet com assiduidade. No dia da prova, fui um dos primeiros a chegar ao local, no Vale do Anhangabaú, percebi uma pequena movimentação de pessoas em torno de um mural, na qual havia uma lista fixada, onde os participantes deveriam ver os seus respectivos números de peito e seguir para o local indicado para a retirada do kit. Não encontrei problemas, visto que cheguei cedo, mas em poucos minutos a “muvuca” estava estabelecida.


Quando retirei o número de peito e o chip, fui informado de que a camiseta seria entregue ao final, novamente uma mudança fez com que a camiseta fosse entregue junto com o numeral, foi uma confusão, não havia controle de quem havia pegado ou não, por sorte, em nada isso me comprometeu, acabei pegando a minha camiseta, tamanho certo, sem maiores dificuldades. A largada estava prevista para as 08h00, na Rua Libero Badaró, com a temperatura agradável, apesar da fina garoa, o que fez muitos a procurar algum lugar coberto. Lá encontrei o meu amigo Ronaldo, que é adepto aos eventos “gratuitos” (risos).


Procurei não “exigir” muito, afinal, a corrida era festiva (apesar de haver chip de cronometragem e troféu aos primeiros colocados), nem o fato da largada ter atrasado em mais de quinze minutos me incomodou. O percurso foi o ponto alto da prova, pelas principais ruas do centro velho, eu seguia em ritmo bem tranquilo, queria mesmo é aproveitar a rara oportunidade de participar de uma prova naquele local. Teve boa distribuição de água, poucos fotógrafos, mas o mais engraçado deles estava presente: O Corretor Corredor, com todo o seu carisma, alegrando a galera.


Terminei com o tempo de 28 minutos, praticamente sem transpirar (risos). A retirada da medalha foi o momento mais “tenso” do dia: no mesmo local da retirada do kit, as medalhas estavam sendo entregues aos concluintes. Eis que, num ato repentino, a entrega foi suspensa, sendo anunciado pelo locutor de que seria entregue a todos no palco montado especialmente para o show que aconteceria depois da prova. Mais confusão, uma parcela dos corredores estava com a medalha, já os demais (inclusive este que vos escreve) teriam que esperar até o último participante concluir os cinco quilômetros. Não é preciso dizer que isso gerou uma “revolta”, justamente num evento que pregava o contrário (irônico, não? risos).


Também não culpo a organização, afinal eles não possuem a prática da Corpore ou mesmo da Latin Sports, eu sempre parti da premissa de que ninguém erra porque quer, pelo menos no ambiente das corridas. Pois bem, todos se dirigiram ao palco principal, que era delimitado por gradis, onde os atletas aglomeraram-se por causa da medalha. Na área restrita havia umas quatro pessoas da organização com as caixas que continham as medalhas, eles tiveram a autorização para distribuí-las, eis que mais uma confusão sem precedentes ocorreu ali. Não sei como a história terminou, sei que no meio de muitas mãos “vorazes” para alcançar suas medalhas, eu peguei a minha (risos).


O kit pós-prova tinha muitas coisas, lanche, frutas, barra de cereal e suco (ponto para os organizadores). De um modo geral, parabenizo os envolvidos, afinal, todos nós sabemos que não é fácil estruturar um evento esportivo. Por ter sido a primeira edição, os erros devem ser relevados e serem corrigidos nas edições futuras. Valeu a pena correr no centro de São Paulo, melhor por não ter sentido dores e feliz por mais uma corrida no currículo.

No próximo relato contarei sobre a minha participação na Meia Maratona de Porto Alegre.

4 comentários:

  1. Olá Daniel. Tudo bem? Estive nessa prova e também passei perrengue na hora de pegar a minha medalha, mas ponto "super" positivo para esse percurso no meio da selva de pedra. . .

    Agora mudando de prova, rs
    Acredito ter visto você na excelente e organizada Corrida JSL em Mogi mês passado, mas aguardarei seu relato aqui ...

    Até mais. Forte abraço!

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    1. Olá Vagner!

      Agradeço por escrever, estou um pouco (muito rs) atrasado com os textos e colocarei todos no ar o mais breve possível. Estive sim na corrida JSL, que por sinal foi excelente!!!

      Um abraço!!!

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    2. Realmente foi uma das melhores deste ano. Fico aguardando seus novos relatos. Abraço!

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  2. Ah! Valeu a pena esperar e pegar a medalha, ela é diferente e bonitinha!!!! Agora o melhor de tudo foi ter a oportunidade de correr, andar, passear no Centro da Cidade sem medo de nada, bom se houvessem muitas outras provas por lá, revitalizar o Centro seria muito interessante. Adorei!!!

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