segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Igaratá 23K Noturna



Olá pessoal, farei um breve relato da corrida “Igaratá 23K Noturna”, evento organizado pela empresa de marketing esportivo XCountry, marcado para a noite do dia 01 de agosto de 2015 (sábado). Em parceria com a Maria Lucia, amiga de longa data, cujo prazer encontrou nesse tipo de desafio, após anos correndo no pragmatismo do asfalto. Apesar da pequena Igaratá ficar a pouco mais de cem quilômetros da cidade de São Paulo, considerando o fato de ser uma prova noturna, seria mais interessante pernoitar por lá, regressando no domingo pela manhã. O custo da inscrição foi de R$ 143,00 (2º lote de um total de três, onde foi acrescido R$ 20,00 a cada lote, de acordo com a proximidade do evento).

Boiada no caminho
Resolvida essa primeira pendência, a próxima questão era a hospedagem, visto que o lugar não é dos mais visitados. Curiosamente, uma pousada próxima, Mirante do Paraíso, que atendia ao naturalismo (prática nudista), foi a solução encontrada pela Maria Lucia. Era fato o constrangimento que isso causa só de pensar no assunto, porém, naquele final de semana, em detrimento da corrida, o estabelecimento faria exceção, de forma que todos estariam devidamente vestidos. Com a ajuda do aplicativo “Waze”, o deslocamento foi tranquilo, tão logo chegamos à cidade e já retiramos o kit de participação (conforme vocês podem ver na foto abaixo).

Kit de participação
A prova reuniu pouco mais de cento e sessenta corredores, o que comprova a dificuldade de se ter um grande público quando não há distâncias menores em disputa. De qualquer maneira, considerando haver inúmeras provas no dia seguinte, nem todos se animam a pegar estrada no sábado, quando existe a necessidade de retorno no mesmo dia. Para mim, um evento intimista, com grande chance da organização não encontrar nenhum tipo de problema na administração de pouca gente (o que é bom para ambos os lados). Só o fato de não encontrar filas, já é um saldo bastante animador.

Momentos antes da largada
A largada ocorreu pontualmente as 19h00, no centro da cidade interiorana. Antes de completar o primeiro quilômetro, uma estrada de terra batida já batia o ponto aos olhos dos corredores. Ainda que por alguns metros, uma fraca iluminação pública demarcava o caminho, coisa que foi perdendo força a medida em que nos distanciávamos da cidade. Foi o momento de todos acionarem seus dispositivos luminosos (vale lembra que uma lanterna de cabeça veio no kit). O percurso, aparentemente de um nível fácil e médio, foi relativamente fácil nos primeiros doze quilômetros.

Pós-prova
A partir do Km13, quando se deu o retorno, o que era descida tornou-se o oposto, mostrando muitas dificuldades. Por sorte, a minha lanterna não falhou em momento algum, caso isso tivesse acontecido, encontraria sérios problemas. O percurso foi um verdadeiro breu, apenas o brilho das estrelas ao longe, é que salientava lampejos de vida naquela escuridão. As lanternas dos atletas configuravam um estilo mais “vaga lume” do que iluminação consistente, mesmo assim, ninguém encontrou dificuldade no percurso com a baixa luminosidade. Os postos de hidratação funcionaram bem, mais como um plano B, visto que a maioria dos corredores portavam suas garrafinhas ou mochilas de sobrevivência.

Pórtico de chegada (fotógrafo da Mídia Sport)
O final foi prazeroso, as poucas ruas da cidade bem movimentadas, evento desse porte mobiliza os moradores, fazendo com que todos assistam. Nos bares, a animação era um pouco maior, considerando o efeito que a bebida alcoólica causa nas pessoas. A única praça da cidade estava tomada por casais de jovens enamorados, numa mistura com expectadores e aglomeração dos atletas que iam terminando suas provas. Finalizei com o tempo de 02h16min, ficando na 48ª colocação geral do evento.

Bela medalha
Uma bela medalha, além de um vale “açaí”, como cortesia da organização. No domingo pela manhã, tomamos um gostoso café da manhã, antes de pegarmos estrada de volta para casa. Foi a última prova antes de sentir dores nas costas, situação incômoda que vem me atrapalhando nos últimos meses. Mas essa é uma outra história, que contarei nos próximos capítulos. Até a próxima!


Galeria de fotos:

Mirante do Paraíso
Manhã de domingo
Café da manhã

2 comentários:

  1. Texto delicioso de ler e acompanhado de lindas fotos, como sempre. Parabéns Daniel!!

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  2. Parabéns pelos relatos, especialmente da OFFMap, pois estava curioso em relação a como foi aquele evento.
    Quanto a reunir corredores para esta prova, com certeza ter apenas uma distância influenciou, mas outros fatores também contam e MUITO nesse caso: não é uma prova tããão conhecida ou talvez não tão divulgada (meu ponto de vista); é fora da cidade e é noturna; havia boa oferta de prova na manhã seguinte, conforme você afirmou; quem a conhece sabe o drama que é (fiz a primeira edição diurna e fiquei surpreso como 300m de elevação até o 7km foram tidos como fácil a médio na sua descrição, fora que os últimos 3k são dignos de comentários). Eu, por outro lado, nunca retornei porque a organização se expressou a partir da segunda edição que não forneceria hidratação durante a prova (outra surpresa foi saber que forneceram hidatação no seu relato). Parabéns mais uma vez e boas provas!

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