Olá amigos, coloquei na cabeça
que participaria da corrida da Tribuna de qualquer jeito neste ano. Isso porque
ouvi de diversos amigos a respeito da popularidade e importância que o evento
atingiu ao longo dos anos. Alguns chegaram a me dizer que se tratava da
“Corrida de São Silvestre de Santos”, comparação que me deixou muito curioso. Outro
ponto interessante é a intensa concorrência nas inscrições, que são abertas e
esgotadas em questão de dias. Para este ano a organização disponibilizou
dezesseis mil inscrições, ao preço de R$ 60,00, que atraiu corredores de vários
lugares do país. Como é bem sabido, a prova possui percurso de 10Km similar
para a corrida e caminhada. Fiz a minha inscrição e tão logo recebi um email de
confirmação e em poucos dias recebi outra mensagem contendo o meu número de
peito e informações para a retirada do kit.
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Kit |
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Percurso |
A corrida estava marcada para o
dia 20 de maio, porém, realizei a inscrição em meados de março, ou seja, a
pouco mais de dois meses da realização do evento. Tempo suficiente para ocorrer
muitas coisas, parte delas contei no último relato: fiquei doente a ponto de
não correr em Campos do Jordão, deixei de ir à Corrida do Trabalhador, em
contrapartida participei da Fila Night Run no Autódromo de Interlagos,
retomando a rotina esportiva. Voltando a Tribuna, fiz reserva no Hotel Ibis,
indicação da minha amiga Simone Fukuji, moradora de Santos, portanto, não havia
melhor pessoa para tal indicação. Daí em diante, os dias passaram naturalmente,
sem pressa, ainda não era o momento para pensar “exclusivamente” nessa prova.
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Quarto do hotel |
Por ironia do destino, ainda não
conhecia a cidade de Santos, portanto seria uma dupla estreia: conhecer a
cidade e correr a prova. Como é de praxe nas minhas viagens, sempre me desloco
na véspera, cheguei em Santos por volta das 19h00, peguei um táxi até o hotel.
A cidade estava movimentada, pois estava ocorrendo a Virada Cultural. Não posso
deixar de mencionar a ótima estrutura do Hotel Ibis, fiquei hospedado num
quarto confortável, cheguei a tempo de assistir a disputa dos pênaltis da final
da Liga dos Campeões da Europa (Bayern de Munique x Chelsea). Depois disso, fui
dar uma volta pela cidade, mais especificamente na orla da praia e pude
constatar que a cidade estava repleta de turistas e atletas. Entrei no shopping
Miramar, porém, a praça de alimentação estava muito cheia, optei por uma
solução mais prática: comprei um lanche no Mac Donald’s e levei para comer no
hotel. Não encontrei problemas para dormir, o meu quarto ficava no 8º andar,
não havia barulho ou qualquer coisa para me incomodar.
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Concentração antes da prova |
Acordei no domingo por volta das
06h00, tomei um excelente café da manhã, e em poucos minutos já estava pronto
para sair. O hotel estava localizado a poucos metros da chegada da prova,
portanto, eu teria que pegar um táxi até o ponto de largada. Não pensem que
isso foi uma logística complicada, muito pelo contrário, foi um meio de
transporte rápido e eficiente. Fui orientado por alguns amigos que correr essa
prova seria tremendamente difícil, não por conta do percurso, que é totalmente
plano, mas pelo grande número de inscritos associado ao fato das ruas de Santos
serem muito estreitas, em outras palavras, nada de pensar em performance.
Naquele momento, várias vias de acesso estavam interditadas, as ruas iam sendo
tomadas por atletas, vindos de todas as direções. O Palácio da Justiça estava
tomado, bem como as imediações, o tempo estava cooperando, temperatura estável,
céu nublado.
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Locutor |
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Guarda-volumes |
O guarda-volumes estava disposto
em caminhões tipo baú, sendo a segurança da mesma feita pelo (pasmem!)
Exército. Vi poucos caminhões, alguma coisa me dizia que eu teria problemas no
momento de resgatar as minhas coisas (no final, isso se confirmou). A
organização acertadamente investiu no chip de cronometragem descartável, muito
melhor na dispersão dos atletas ao final, visto que um evento com tanta gente
poderia causar tumultos na devolução do objeto. A “minha” largada ou a largada em
que eu estava incluído (melhor assim, não? risos) estava prevista para as
08h20, segui o fluxo dos corredores para o local de largada. Até aí, tudo
estava bem dividido, que indicava pela cor no número de peito o setor de posicionamento correto da largada. Uma novidade que gostei foi a opção de
escolha do nome que sairia impresso no número de peito, escolhi ser
identificado por “Daniel Running”. Teve várias largadas, desde os atletas
especiais, passando pelas elites feminina e masculina e, por fim, a largada do
pelotão amador e caminhantes.
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Momento antes da largada |
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Já no percurso |
Foi uma verdadeira festa, a
cidade praticamente “parou” para ver os corredores, o clima estava ótimo, o
público esteve presente em praticamente todo o percurso. As ruas, apesar de
estreitas, não me incomodou em nenhum momento, pois não estava ali para
melhorar a performance, portanto, tive tranquilidade para aproveitar a prova.
Gostei da distribuição de água, o pessoal era ágil na entrega, isso ajudava e
muito a evitar aglomerações, pois havia nada menos que 16 mil atletas! Acredito
que a única subida tenha sido as lombadas (risos), percurso praticamente plano,
nesse quesito ninguém pode reclamar. O final foi pela orla da praia, havia uma
verdadeira festa aguardando os atletas, digna de “encerramento” nos moldes
europeus, onde havia arquibancadas dos dois lados, grades cuidadosamente
alinhadas cercando o “corredor” e diversos fotógrafos nos esperando. Parecia
festa do Oscar (risos).
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Durante a prova |
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Momento "foto" |
Ao final, conclui o percurso em
49 minutos, o que me deixou muito contente, afinal, mostrou que a retomada dos
treinos estava surtindo o efeito desejado. Recebi uma bela medalha, além de uma
sacolinha com frutas, suco de caixinha e barra de cereal. Encontrei a minha
amiga Mayumi Yoshikawa, colocamos a conversa em dia e fomos procurar o
guarda-volumes. Até aquele momento tudo estava ocorrendo da melhor maneira
possível. A partir de então, tive um “chá de cadeira” enorme, primeiro pela
dificuldade em localizar o guarda-volumes, pois havia um banner informando o
local da retirada dos pertences que não condizia com a posição dos caminhões.
Segundo, quando cheguei a fila estava com mais de 500 metros, sem contar
aqueles que cortavam a fila, dificultando ainda mais o trabalho dos staffs. Resumindo:
permaneci na fila por mais de uma hora, o que certamente tirou grande parte do
meu bom humor.
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Chegada |
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Com a minha amiga Mayumi |
Depois disso retornei ao hotel,
tomei um banho e retornei a São Paulo, calculei para chegar antes da estreia do
meu time no Campeonato Brasileiro, porém, todo esforço em chegar para assistir
o jogo de nada valeu, pois o São Paulo perdeu por 4x2 para o Botafogo (risos).
Em linhas gerais, foi um final de semana muito agradável, pois não conhecia
Santos, gostei e quando surgir uma nova oportunidade, não hesitarei em
retornar. Depois de tanto tempo participando das provas, finalmente consegui
marcar presença na famosa CORRIDA DA TRIBUNA FM.
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Medalha |
A próxima parada será em Santo
Antonio do Pinhal/SP, onde contarei como foi correr na difícil prova válida
pela
5ª etapa da Copa Paulista de Corridas de Montanha. Marcará também o início
das minhas atividades como colaborador no site que organiza essas
provas. Não percam!
Como sempre um bom texto. Ótimo relato colega corredor.
ResponderExcluirParabéns!
Sidnei Barbosa - RJ
sidbarbosa1970@yahoo.com.br
PS; no mesmo dia corri a Corrida da Ponte. A MEIA é demais!
Oi, Daniel! Obrigada pela menção do meu nome em seu blog! A corrida da tribuna realmente é muito boa. Este ano, não sei o que aconteceu que o guarda-volumes falhou! Mas nos outros anos, estava tudo muito tranquilo. Apesar de ter baixado o meu tempo em alguns segundos, achei que a largada do ano passado estava menos tumultuada.
ResponderExcluirVamos ver se da próxima vez, a gente combina de tomar aquele café juntos!
Bons treinos!
Daniel,
ResponderExcluirParabéns pela corrida e relato.
Bons treinos
Fernando Moura
http://www.vivendoavidacorrendo.blogspot.com.br
Parabéns pelo relato!Muito bom!
ResponderExcluirDan, tá vendo, já tá se sentindo em Hollywood, hum...quem sabe não é sinal de algo muito bom pode rolar na sua running, rsrs
ResponderExcluirMuito bom quando se pode aliar novos lugares, novos desafios, e não posso deixar de comentar, a medalha é linda mesmo!!!!