Olá amigos corredores e
não-corredores, após ter feito uma viagem incrível no sul da Argentina, estou
de volta para relatar a minha primeira corrida no Brasil desde então. Antes
disso, passei por duas semanas “terríveis”, por conta de uma faringite que me
levou ao hospital duas vezes na mesma semana. Tomei três tipos de remédios,
além do tradicional comprimido para dor de cabeça. Fiquei acamado por uns oito
dias, inclusive durante o tão esperado feriado prolongado do início do mês.
Bom, o importante é que graças ao apoio dos meus familiares e amigos (e dos
remédios – risos), já estou restabelecido, pelo menos em condições de voltar a
treinar. Um agradecimento especial a minha amiga Marília, que me socorreu ao me
levar ao hospital no domingo que antecedeu ao feriado de 1º de maio.
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Kit da prova |
Estava inscrito na “Corrida do
Trabalhador”, marcado para o dia 06/05/12, mas infelizmente não pude
comparecer, ainda estava debilitado, repassei a inscrição ao meu amigo Tiago,
que fez uma ótima corrida ao concluir os 10Km em 52 minutos. A Fila Night Run
era a próxima corrida do calendário, ainda não tinha certeza se ia participar,
uma vez que eu não havia feito um único treino sequer. Fui buscar o kit na
quinta-feira (10/05/12) no supermercado Sonda, ao lado do Vila Country. A
organização caprichou na arte e qualidade da camiseta, manga longa, além do
tradicional
squeeze, numa sacolinha
personalizada. A O2 tem sido, na minha opinião, a melhor na confecção de kits
para os atletas.
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Mapa da localização do evento que recebemos na entrega de kit
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Devo lembrar que a prova estava
marcada para o dia 12/05/12, ou seja, um sábado, com a largada prevista para as
20h00. Dessa forma, a minha amiga Priscila, que gentilmente me ofereceu carona,
sugeriu que saíssemos por volta das 17h30, um horário bastante razoável, já que
não havia motivos para ter trânsito. Triste engano, pegamos um trânsito intenso
desde a Ponte Cidade Jardim até o local da prova, em outras palavras, chegamos
ao Autódromo de Interlagos 19h45!!! Na marginal, percebemos que boa parte das
pontes e viadutos estavam interditados (inclusive a Ponte Estaiada), já a
Avenida Interlagos estava como tráfego muito lento, boa parte eram corredores
tentando chegar ao autódromo. Independente de todos esses obstáculos,
conseguimos chegar a tempo.
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Uma das arenas da prova |
Apenas a título de curiosidade,
já corri no autódromo por diversas vezes, com distâncias que variaram de 10 à
21Km, todas durante o dia, agora havia chegado a vez de correr no “S” do Senna
a noite (admito que estava ansioso). Pelo horário “apertado”, não consegui
utilizar o guarda-volumes, segui com a Priscila para o local de largada. A
partir daí eu “rasguei” tudo aquilo que sabia a respeito das minhas
experiências anteriores, pois a começar pela concentração da prova, ao invés de
ser nos boxes, a organização montou um palco e colocou as assessorias no miolo
do circuito, comumente conhecida como área de escape dos carros de corrida. A
sinalização até que estava razoável, por ser uma prova noturna, temos que
relevar alguns defeitos, entre eles a “escuridão” onde estavam posicionadas as
assessorias e a confusão para saber o local exato de largada.
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Eu |
Assim que chegamos à área onde
estava o palco para o show surpresa, fomos informados pelos alto-falantes que a
largada sofreria um atraso de aproximadamente vinte minutos. Não entendi bem o
motivo, mas, é bem possível que tenha sido por causa da dificuldade que muitos
corredores enfrentaram para chegar ao autódromo. Um ponto que me desagradou foi
o grande (e excessivo) número de inscritos, isso certamente contribuiu para o
atraso. O meu número de peito me colocava no pelotão “Quênia”, porém, com
aquela confusão toda, não consegui chegar nem perto desse local. A sorte foi
que não choveu, senão haveria um lamaçal no gramado onde estavam instalados
algumas tendas da organização, bem como a área de concentração do público em
geral. Quem correu a última São Silvestre, entenderá essa observação que fiz
questão de mencionar. Para os mais atentos, havia um helicóptero sobrevoando o
evento desde o início, não sei se era por conta da segurança ou para facilitar
o serviço de emergência caso alguém passasse mal ou apenas mais um atrativo do
evento.
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Eu |
A largada ocorreu às 20h23, só
percebi por causa da movimentação dos corredores à minha frente (segui o
fluxo). O tapete magnético na largada
estava mal colocado, muitos corredores tropeçaram, não sei se alguém se
machucou. A largada foi simultânea para as duas distâncias: 5 e 10Km. No meu
caso, que corri a distância maior, teria que percorrer duas voltas no circuito.
Eis que a partir daí a logística da prova entrou nos eixos, pois apesar da
fraca iluminação do autódromo, havia no percurso alguns geradores de energia
que iluminavam alguns trechos (ponto para a organização). Outro ponto que me
agradou muito foi que o percurso foi anti-horário, diferentemente de todas as
outras vezes que corri no autódromo, achei muito legal correr a reta principal
no sentido oposto. Por incrível que pareça, não estava frio, nem mesmo a ameaça
de chuva durante o dia fez a temperatura cair, a noite estava bem agradável. Apesar
disso, não quis arriscar, como vocês poderão ver nas fotos, fui preparado para
enfrentar o frio e possíveis ventanias. Gato escaldado...
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Foto tirada gratuitamente na tenda da UNIMED |
A distribuição de água ocorreu
corretamente, havia água em abundância, acho que ninguém reclamou nesse
quesito. Muitos corredores fizeram apenas uma volta (5Km), havia um desvio para
quem estava completando daquele que estava iniciando a segunda volta. Quando
passei em frente a largada (para iniciar a parte final), começou a tocar a
música “Sweet Child O’ Mine”, do Guns N’ Roses, não preciso dizer que fiquei
mais animado ainda. O que achei "chato" foi que havia duas mesas de som muito próximas, pareciam que estavam "disputando" qual delas chamaria mais a atenção dos corredores. Imaginei a segunda volta idêntica à primeira, mais uma vez
me enganei, houve alguns desvios que, por estar escuro, não identifiquei onde
me levaria. Só sei que da área de escape, entrei no circuito novamente e fui
conduzido para o “S” do Senna, só que em vez de descer, subiria aquela
verdadeira rampa, foi divertido, passei pelos boxes, havia alguns abertos, com
alguns carros sendo preparados (não era de Fórmula 1), passando aquela reta,
entrei novamente no percurso similar à primeira volta, mais descidas do que
subidas. Ainda encontrei alguns “monstros” pelo caminho, no melhor estilo
“Noite do Terror do Playcenter”, vários fotógrafos e muita música Techno. Só
para não perder nenhum detalhe, além do espaço da concentração do evento, havia
outro ponto, no trajeto, tocando músicas para animar a galera.
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Minha amiga Priscila e eu depois da prova |
Senti o peso de não ter treinado
nas últimas duas semanas, o que é natural, as pernas estavam cansadas, consegui
impor um ritmo razoável, concluindo os 10Km com 56 minutos, o que me deixou
muito satisfeito. Satisfação essa que confirmei apenas na minha casa, ao acessar o site oficial para conferir o resultado, pois quando cruzei a linha de chegada o relógio oficial da prova estava desligado. A dispersão no final foi bem organizada, retirei o chip do
tênis e me direcionei para pegar a medalha, que por sinal foi bem desenvolvida,
juntamente com uma garrafa de Powerade. Havia maçã e banana a vontade, notei
que estavam bem selecionadas. Ainda arrisquei a encarar uma pequena fila para
ser fotografado gratuitamente na tenda da Unimed (um dos patrocinadores),
depois disso troquei de roupa e fui esperar a minha amiga Priscila. Tiramos
algumas fotos, conseguimos, mesmo que de longe, ver o início do show da banda
RPM, o até então show surpresa. Não bastasse toda a dificuldade para chegar
(vale dizer que a organização não tem nada a ver com todo o caos da marginal Pinheiros),
tivemos problemas para sair do autódromo, levamos quase uma hora para percorrer
um trecho de aproximadamente trezentos metros (estacionamento até o portão 7).
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Medalha |
Cheguei em casa por volta das
00h00, graças a minha amiga Priscila, que me deu carona, caso o contrário, se
tivesse ido de trem, só Deus saberia a hora que estaria em casa, isso sem
contar o desconforto do deslocamento da zona oeste até a zona sul
(principalmente no caminho de volta). O meu balanço sobre a prova foi positivo,
apesar do número exacerbado de corredores, da falta de sinalização na largada e
da confusão na hora de sair do autódromo, creio que isso tenha sido os pontos
baixos, mas que deverão ser corrigidos para as próximas edições. Não posso deixar de citar o relógio oficial da prova desligado ao final, uma falha GIGANTESCA. A Fila Night Run vem encontrando dificuldade de "estabilizar-se" num local em São Paulo, na zona norte muito trânsito, no autódromo mais trânsito (para o acesso ao local). Parece que as provas noturnas na cidade só tem funcionado quando ocorrem na USP. Uma pena não ter tido fotógrafos na região dos boxes, um dos melhores locais para fotos, pois estava melhor iluminado. Os pontos
positivos ficaram por conta da inovação no percurso (invertido), da bela
camiseta, da medalha e parte da logística que envolveu a prova, desde o processo
de inscrição, coisa que a O2 juntamente com seus parceiros tem acertado nos
últimos anos. Não usei o guarda-volumes, mas percebi que estava bem
distribuído, a exemplo dos banheiros químicos. E assim terminou a 1ª etapa da
FILA NIGHT RUN – São Paulo.
No meu próximo relato, contarei a
minha experiência de correr pela primeira vez a tradicional Corrida da Tribuna,
em Santos, que acontecerá no dia 20/05/12. Serão mais de 16 mil inscritos, então imaginem a festa! Até a próxima!
Daniel,
ResponderExcluirLegal seu blog, parabéns pela corrida.
Estive lá tbm e vi muita confusão apesar de ter chegado cedo, ter largado na fita e ter chegado entre os 70 primeiros.
Vi uma grande falta de respeito com os corredores colocando em risco a integridade física de todos.
Veja meu relato:
FILA Night RUIM SP http://www.webrun.com.br/comunidade/blog/home/id/18/idPost/2081/t/FILA+Night+RUIM
Abraço
Colucci
@antoniocolucci
Voce vai adorar correr a Tribuna, já corri duas vezes e o ano passado ainda consegui bater foto com o vencedor, o Marilson Gomes dos Santos. Mas é uma prova com muita gente na rua, comparado com a Sao Silvestre. Esqueça o tempo e curta a prova em todos os minutos especialmente os ultimos kms com a chegada na praia.
ResponderExcluirDaniel a Fila Night é recorde de desorganização na chegada. Ano passado fiquei impossibilidade de correr, pq apesar de chegar na hora (justamente por conta deles) com o tapete ainda ligado. Não permitiram que eu retirasse meu chip. Desisti de correr por conta do chip, muito frustrante uma pessoa se programar, pagar caro por este tipo de corrida para ao final não ter tudo que é de direito, como exemplo o chip. Penso que se fosse para correr sem chip teria corrido apenas as provas da Federação, que aqui não fazem uso do mesmo.
ResponderExcluirPor fim todos os relatos que vejo desta prova são sobre a confusão. Uma falta de respeito, ano passado nem os próprios staffs quiseram me ouvir.
Abração e parabéns pela prova, mesmo debilitado.
Dannn, adorei!! Parabéns por mais essa etapa de superação, isso mostra que você faz o trabalho certo. E, não posso deixar de comentar, as fotos estão muiiiito bonitas, maravilhosas!!
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