quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

[RELATO] Iniciando o ano em Paraisópolis/MG


22/01/12 - 09h00

Olá amigos, mais uma vez coloquei a Corrida do Aniversário de Paraisópolis/MG em meus planos, como parte dos treinamentos que estou realizando ininterruptamente há cerca de dois meses. Após o longo tempo parado no ano passado devido a uma contusão, iniciei o trabalho de fortalecimento muscular na academia BodyTech Vila Olímpia, visando um condicionamento físico capaz de conseguir participar de provas rústicas em 2012. A minha última corrida havia sido até então a São Silvestre, cujos 15Km pude perceber uma evolução satisfatória em minhas condições físicas. A prova estava marcada para o dia 22 de janeiro e as inscrições estavam abertas no site da Corpus Eventos. Definida a primeira corrida do ano, o próximo passo dali por diante era manter o ritmo dos treinos entre musculação, bike indoor, natação (e hidroginástica).
Paraisópolis/MG: cartão-postal
Logo no início do mês fiz diversos contatos com as pousadas em Paraisópolis, porém, todas estavam lotadas, devido a Ultra Maratona BR 135, cuja chegada seria no mesmo local. A exemplo de 2011, a proprietária da “Pousada de Praça” me assegurou que eu poderia ir sem qualquer preocupação, já que arranjaria um local para eu me hospedar. Dessa forma, dei continuidade aos meus treinamentos. Nesse ínterim, passei a conversar mais vezes com a Julia Matsuda, uma pessoa muito simpática e que adora esportes, principalmente os eventos com bike, descobrimos várias coisas em comum e também agendamos alguns eventos para o futuro (contarei melhor numa outra oportunidade).
Minha amiga Julia e eu                       
No sábado, véspera da prova, marquei um almoço com a Julia no Shopping Center Norte, onde ela se dispôs gentilmente me encontrar antes da viagem para Paraisópolis. Nem preciso dizer o teor da conversa, é lógico que foram as corridas pelo Brasil afora (risos). Peguei o ônibus no Terminal Rodoviário Tietê às 15h30, com previsão de chegada por volta das 19h00. A viagem foi tranquila, sendo que dormi em boa parte dela. Logo que cheguei, procurei um táxi para me levar até a pousada. Como já era esperado, a pousada estava com todos os quartos ocupados, fui conduzido até uma casa de família (a mesma que fiquei no ano passado), lá havia um quarto preparado para mim. Resolvi descansar um pouco antes de procurar algum restaurante para jantar, eis que o que era para ser apenas um cochilo, acabou de tornando um sono “pesado” que foi até às 07h00 de domingo (risos).
Camiseta, chip descartável e número de peito
Eu e o Marcelo Jacoto
A largada estava prometida para às 08h30, quando digo “prometida”, é porque no ano anterior estava prevista para às 09h00 e foi acontecer com vinte minutos de atraso, face uma corrida infantil que precedeu a prova. O calor por lá é intenso, por isso, cada minuto de atraso reflete muito durante o percurso. Fui até a praça retirar o meu kit de participação e os organizadores estavam montando a estrutura, aguardei alguns minutos e retirei o número de peito, chip (descartável) e a camiseta (mesmo design dos anos anteriores). Retornei à “pousada”, tomei um banho e preparei o “equipamento” para correr (risos). Levei 1 Gel carboidrato da marca importada “Accel”, duas garrafas de 500ml de mautodextrina (na cintura), dilatador nasal e uma novidade: portei a minha câmera fotográfica. Por ser uma corrida simples, não possuía fotógrafos durante o percurso, por isso, havia prometido a mim mesmo que se retornasse a correr essa prova, tiraria fotos durante o percurso.
Ruas da cidade
Início da prova
Antes da largada, encontrei o meu amigo Marcelo Jacoto, que disse que estava lá após ler o meu relato sobre a prova no ano anterior. Nisso, a organização anunciava o adiamento do início da prova em trinta minutos, com a largada prometida para às 09h00. Percebi um aumento no número de participantes, o que foi confirmado pelos organizadores nos alto-falantes: 147 corredores (lembrando que em 2010 teve cerca de 70 corredores e em 2011 por volta de 90 inscritos). Eu tinha consciência que não conseguiria repetir as performances alcançada nos anos anteriores (medida de 1h12), por isso, não adiantava forçar no início, pois corria o risco de “quebrar” antes mesmo da metade. Nessa edição, a prova contou com a presença de nomes importantes como a Marizete Rezende, entre outros “canelas-finas” (atletas que correm abaixo de 1h00 a distância de 15Km).
Final do trecho de asfalto
Início da estrada vicinal
Logo na largada encontrei a minha amiga Sueli (que adora desafios), e eu não havia percebido que até cumprimentá-la, eu estava filmando com a câmera, o vídeo ficou muito legal, como vocês podem acompanhar abaixo. O único momento em que eu vi todos os atletas foi instante antes da largada, em poucos minutos a dispersão foi tamanha que eu corri praticamente sozinho. A saída, pelas ruas da cidade, mostrou toda a receptividade dos moradores, que estavam muito animados. Entramos na rodovia e percorremos cerca de 4 quilômetros, antes de entrarmos numa estrada vicinal, onde eu parava a todo instante para fotografar aquelas belas paisagens.

Vídeo da largada:


Apesar de ter chovido na noite anterior, a estrada de terra batida estava em ótimas condições, não havia poças d’água e muito menos buracos, o céu de um azul permanente, dava uma tonalidade incrível nas fotos que eu tirava. Havia postos de água a cada quatro ou cinco quilômetros, mesmo não estando gelada, servia para refrescar um pouco. Correr naquele local era mais que um esporte, funcionava como uma espécie de “terapia”, sem barulhos, sem multidões, ao canto dos pássaros e aquele aroma de “campo”, em outras palavras, um cenário acolhedor e único. Continuei num ritmo agradável, sem forçar, sem expor o meu corpo a uma fadiga desnecessária, mesmo porque já dava sinais de cansaço natural após a metade da prova.
Terra batida
Uma paisagem atrás da outra
Após sair da estada de terra, iniciei o trecho mais difícil do percurso: a rodovia que dá acesso à cidade. É melhor que vocês vejam pelas fotos o nível de dificuldade que foi correr naquele trecho, além da temperatura, o cansaço foi outro vilão que apareceu para incomodar. Nesse momento, fui alcançado e ultrapassado pelo meu amigo Marcelo Jacoto, que estava gostando muito da corrida. Por fim, avistei a entrada da cidade, faltando dois quilômetros para o fim, entrei na cidade e ganhei a companhia do João, atleta de São José dos Campos, que estava usando a prova como treino e sendo “pacer” para diversos corredores. Numa atitude aprazível, se ofereceu para tirar algumas fotos minhas nesses quilômetros finais, o que garantiu mais boas recordações da corrida.
Nem tudo foi fácil
Fim da estrada de terra
Cruzei a linha de chegada com 1h26min, uma evolução considerável em relação a São Silvestre (1h31min) e com muito mais agravantes (além de 600 metros a mais), o calor e as variações de solo. Para minha surpresa, registrando a chegada estava o fotógrafo Tião (popularmente conhecido entre os corredores), que cobriu a Ultra Maratona BR 135 e fez uma ponta na corrida de Paraisópolis. Chegada “triunfal”, com muitas pessoas aplaudindo e com direito a medalha sendo entregue de forma simultânea. Havia uma verdadeira fartura de maçãs, bananas, laranjas e melancias para os concluintes. Tirei mais algumas fotos antes de retornar à pousada.
Rodovia
Subida "interminável"
Para finalizar, fiquei muito contente em ter participado pela 3ª vez da Corrida do Aniversário de Paraisópolis/MG, a organização acertou em colocar ciclistas no percurso para acompanhar os corredores, sem contar que a idéia de colocar chip descartável foi muito acertada. Outro exemplo de qualidade no quesito custo/benefício foi o valor da inscrição: R$ 30,00. Tenho apenas uma sugestão: que coloquem a data ou a edição da prova na camiseta, pois assim diferencia uma da outra. A tendência é que a prova ganhe cada vez mais espaço no calendário esportivo, sendo uma ótima opção para iniciar o ano. Agradeço também aos moradores da cidade, pelo incentivo e também para aqueles que gentilmente tiraram fotos minhas nas ocasiões em que eu os encontrava durante o percurso.

Ciclistas acompanharam o evento
Trecho final pela cidade
A poucos metros da chegada
Retornei à São Paulo no ônibus das 12h30, chegando na Rodoviária Tietê por volta das 17h00, ainda consegui ir à academia BodyTech do Shopping Eldorado e passar cerca de 1h30 me recompondo no ofurô do SPA Relax de lá. Realmente foi um final de semana muito proveitoso, em que pude trabalhar ainda mais a minha musculatura e obter o resultado de que os treinos realizados até aqui estão muito satisfatórios e promissores. Maiores informações sobre a prova poderão ser obtidas no site do evento: www.corpuseventos.com.br.
João (que fez o pacer final comigo) e a esposa
A próxima aventura será dia 29/01, a 1ª etapa da Copa Paulista de Corrida de Montanha, que será realizada em Mairiporã. Espero que tenham gostado do relato, se tiverem dúvidas ou quiserem saber mais, me escrevam: strowver@uol.com.br. Até a próxima!!!

3 comentários:

  1. Olha só, depois de uma S.S., onde vc literalmente lavou a alma(chuva, rs), percebi nesse seu relato uma alegria, espontaneidade, tranquilidade do começo ao fim, fiquei feliz em saber que aos poucos vc está retomando seu condicionamento e procurando superar os limites, as vezes impostos. Dan, fico aguardando os próximos relatos na certeza de muitas surpresas!!! Parabéns por mais uma etapa concluída!! Bjs

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  2. Gostei do seu relato. A prova parecer ser muito bacan.

    Fabio
    www.42afrente@blogspot.com

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  3. Oi Daniel, parabéns pela prova e pelo relato, sempre com detalhes e informações muito importantes! Um ótimo retorno para você! Bons treinos!!

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