Olá corredores das
montanhas! O ano de 2012 mal terminou e já tenho boas notícias para
compartilhar com vocês! A abertura da Copa Paulista de Corridas de Montanha
aconteceu no último domingo (27/01/13), com a presença de aproximadamente trezentos
atletas, que enfrentaram muitos obstáculos nas distâncias de 8K (curto) e 13K
(longo). O mês de dezembro foi, para muitos, um período de “férias forçadas”,
afinal, esse tipo de prova oferece boas opções de entretenimento, ainda mais se
levarmos em conta o aumento considerável no número de participantes. Para 2013,
foram confirmadas 13 etapas para a Copa Paulista, duas a mais em relação ao
último ano, ratificando a grande procura por esse tipo de evento. Portanto,
fiquem atentos ao calendário, disponível no site www.corridasdemontanha.com.br.
Outra notícia, não tão
animadora ficou por conta do reajuste no valor das inscrições, ponto que foi
esclarecido e informado com antecedência pela organização em suas redes
sociais. É bem verdade que, em qualquer segmento esportivo, para manter um
padrão que atenda todos da melhor maneira, nem sempre é possível congelar os
preços de anos anteriores. A retirada do kit ocorreu na véspera e no dia da
prova, ambos em Mairiporã (porém em locais diferentes). Na sacolinha continha a
camiseta do evento, uma garrafinha pequena (seria uma substituta da
canequinha?), uma revista Go Outside,
uma bela viseira e a novidade ficou por conta do chip de cronometragem disposto
junto ao número de peito.
No local, havia várias
cópias do “Termo de Declaração”, impresso em branco, para facilitar aos atletas
que não haviam recebido via e-mail ou simplesmente esquecido o documento. A
exemplo do ano passado, ocasião da primeira edição da prova, o Espaço Mário
Covas foi novamente o lugar para concentração e dispersão dos atletas. Fui à
Mairiporã com a carona do Marcelo Jacoto, corredor experiente e que gosta de
correr em percursos inéditos. Encontrei várias pessoas conhecidas, de outras
etapas, como o Nelson Yanasse, a Rosi Gimenis, o Pablo Moreno, o Willian Sales,
entre outros. Havia banheiros químicos pelo local, imprescindível em eventos
que não possuem estrutura permanente (céu aberto). A largada estava prevista
para as 08h00, sendo divida em dois momentos: primeiro sairia a galera do
“longo” e minutos depois o “curto”.
Sem atrasos, a prova começou
a todo vapor num trecho plano de aproximadamente duzentos metros, a partir daí,
iniciou uma verdadeira subida íngreme, ainda no asfalto, com ares de “boas
vindas” aos atletas. Passamos por um local canalizado e asfaltado que, até o
ano passado, era uma estrada de terra batida. Alguns staffs em motos percorriam o local, muitas vezes trazendo um
fotógrafo na garupa. Por volta do terceiro quilômetro, entramos numa trilha de
mata fechada, novamente em subida, um tanto complicada, pois o solo estava
muito escorregadio, causando alguns tombos de pequena gravidade. As luvas foram
fundamentais naquele momento, já que me utilizei dos quatro apoios em diversas
situações. A sequencia disso culminou numa trilha sinuosa, que mais lembrava um
cenário de filme de terror.
Ao final da trilha,
avistamos o primeiro posto de hidratação e consumo (água e melancia),
prosseguimos por uma estrada de terra batida em campo aberto, onde os
corredores priorizaram a velocidade como forma de compensar o tempo perdido no
trecho anterior. Mas ainda faltava a escalada até o Pico do Olho D’Água (1.180
metros de altura). Nesse momento era perceptível uma grande neblina que pairava
sobre o lugar, deixando o ambiente cada vez mais instigante. Entramos na trilha
de acesso ao pico, momento em que encontramos diversos corredores da outra
distância, que gentilmente cederam passagem. Ao atingir o topo da montanha, uma
sensação de missão “quase” cumprida elevou a minha estima, já que havia
concluído a parte mais “trabalhosa” da prova. Tinha consciência de que ainda
seria necessário um bom condicionamento para o retorno, em descida, pelo lado
oposto da montanha.
A volta foi mais tranquila,
o desgaste foi menor, pude imprimir um rimo forte, sem comprometer nenhum grupo
muscular, ratificando o trabalho que venho realizando na academia Bodytech.
Oscilei por alguns instantes, pois havia mata alta cobrindo as trilhas, estava
difícil observar buracos ou empecilhos no caminho, não queria correr o risco de
levar tombos (vinha de uma experiência dolorosa em São Bento do Sapucaí). Além
de uma estrada repleta de “armadilhas”, entre pedras soltas, cascalho, terra
batida e desníveis, ainda enfrentamos trilhas curtas, porém, com água corrente,
deixando o trecho muito resvaladiço. Tais desafios eram encarados com
descontração pelos corredores, afinal, o propósito da corrida de montanha era
justamente proporcionar o estilo “quanto pior, melhor”, coisa que o pragmatismo
do asfalto, salvo raríssimas exceções, não apresenta. O último quilômetro foi o
mais tranquilo de todos, num terreno plano, onde já era possível escutar o
locutor do evento, que pronunciava o nome dos atletas concluintes.
Ao final, recebi a primeira
medalha da Copa Paulista, uma variedade de frutas estava à disposição dos
atletas, além de isotônico, chá gelado e água. Encontrei vários conhecidos,
entre eles o André Lins, que estava estreando nas corridas de montanha, além da
Renata Patrícia, que correu em São Bento do Sapucaí no fechamento da temporada
passada e decidiu partir com tudo para as montanhas neste ano. Ainda encontrei
outro corredor (não me recordo o nome) que seguiu a influência de um dos meus
textos no site para inscrever-se pela primeira vez numa prova dessa
envergadura, estreando com muita competência em Mairiporã. Aproveito e dou um
destaque para o grande número de cachorros pelo percurso, ainda bem que todos
estavam de “bom humor” e curtindo o evento (risos).
Um problema técnico
comprometeu a apuração dos resultados oficiais, o que impediu a realização da
cerimônia no pódio. Não sei como os atletas receberam essa notícia, sei que
erros infelizmente acontecem e, prontamente admitidos pela organização, ao
menos foram coerentes em não prosseguir com esse processo, afinal, poderiam
cometer injustiças e tornar a situação ainda mais desagradável. Não devemos
lamentar, o melhor a fazer é guardarmos as ótimas impressões que tivemos
daquelas paisagens ao longo do caminho, o visual incrível do Pico do Olho
D’Água com aquela neblina sinistra que dava um tom sombrio ao horizonte. No
mesmo dia, no final da tarde, a situação já havia sido normalizada e os
resultados já estavam disponíveis no site oficial do evento.
Comecei o ano faturando o 3º
lugar na faixa etária “25-29” anos, o que rendeu o primeiro pódio da temporada.
O engraçado de tudo isso é que pela primeira vez a minha premiação terá a
participação especial dos Correios, pois o carteiro local terá a nobre
incumbência de realizar a entrega do meu troféu (risos). Para quem já recebeu
medalha da São Silvestre antes da prova, ganhar o troféu no conforto do meu lar
não será incômodo algum. O próximo desafio será no município de Mogi das
Cruzes, válido pela 2ª etapa da Copa Paulista, que ocorrerá no temível Pico do
Urubu, no dia 23/02/13.
As fotos do evento estão
disponíveis na página oficial das corridas de montanha no Facebook e também no
site www.adventuremag.com.br.
Sobre a premiação, os organizadores estão buscando a melhor forma de entregar o
troféu para os corredores que o conquistaram merecidamente. Temos que ser
otimistas, afinal, se até a Maratona de Nova York já teve problemas, não
devemos encanar com a situação atípica que ocorreu em Mairiporã. Mesmo não
sendo um membro oficial das fileiras das “Corridas de Montanhas”, peço
desculpas aos participantes, já que sempre enalteço esses eventos com elogios e
incentivos para que todos participem.
Aew Dan, lindíssima sua medalha, aliás muito merecida, mas agora...a pergunta que não posso deixar passar: E o troféu, já recebeu? Pelo amigo carteiro? Bom, enfim, parabéns!!! bjooooooooooo
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