Tantas coisas aconteceram desde o dia 29 de outubro de
2016 que a maior dúvida de todas as dúvidas é saber por onde começar ou
reiniciar. Quando corri a Star Wars Run,
na data acima citada, mal podia pensar ou esperar que seria a última corrida
pelos cinco meses seguintes. Corri com dor aqueles agradáveis 7Km, dor física,
de uma espécie de “ite”, melhor definida nos exames como canelite, excesso de repetição que causou estresse nos tendões da perna
(direita). Qual a solução? Atividades de pouco impacto e fortalecimento
muscular moderado. Arrisquei uma hidroginástica, que acabou revelando-se um
grande erro, pois o impacto submerso aumentou o estrago. O que aquele
distante-recente outubro tem em comum e oposto com os dias atuais? As férias!
Estava também em recesso naqueles dias, mas com a grande e principal diferença:
lá eu me encontrava com dor, hoje eu não estou, posso dizer que a minha
recuperação demorou, mas aconteceu.
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29/10/16 - sorriso apenas para foto - última corrida |
Fiz tantas coisas nessa pausa esportiva, engordei,
comi pra caramba, fui à baladas (atualmente conhecida como “pubs”), conheci
pessoas, li alguns livros, retomei minha paixão material por Cds japoneses,
retornei ao Twitter, enfim, respirei vida de outras formas. Coloquei em mente
que o retorno não poderia ser precipitado ou envolto à impulsão, pois o
resultado de coisas impensadas não são os melhores. A passos de tartaruga fui
marchando em direção à academia, constatei o quanto é penoso a retomada da disciplina
(experimente ficar três dias seguidos sem ir, por exemplo, para entender o que estou
falando), o meu corpo de 32 anos encontrou resistência em assimilar que sem o
apoio do fortalecimento não seria possível fazer outras atividades com razoável
performance. Comprei um pote de “Whey
Protein” para estimular minhas células a aceitar a aquisição de massa
magra, o que tem proporcionado um efeito positivo.
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Paixão: CDs dos seriados japoneses - Changeman (1985) |
Aos poucos contarei a vocês o acumulado de minha vida
nesses meses de “silêncio” ativo, pois acredito que transmitir experiências é a
melhor forma de interação e aprendizado. Vocês conhecerão a minha faceta
voltada para os seriados japoneses, cuja paixão nunca se apagou, ao contrário,
a nostalgia é cada vez mais prazerosa. Nem preciso, melhor dizendo, preciso
dizer o quanto estou feliz pelo retorno do Guns N’ Roses, minha banda de rock
favorita em qualquer constelação que ela toque. Outra experiência muito bacana
foi assistir a Corrida de São Silvestre de cima, literalmente, após receber um
irrecusável convite para um café da manhã promovido pelos idealizadores do evento
no prédio da Fundação Cásper Líbero. Confesso que fiquei numa vontade enorme de
correr, mas poupei os pensamentos ousados. É
impressionante o impacto que damos às nossas vidas do momento em que acordamos
até o instante que nos recolocamos na cama para recarregar as energias.
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Cycle On Top |
Sobre a corrida do dia 09 de abril de 2017, mais uma vez tive a oportunidade de participar
de um evento que sempre compôs o meu calendário esportivo: Maratona Internacional de São Paulo. Mas não foi nos 42km, tampouco
nos 24Km, muita carga emocional e física para alguém que está aprendendo a
engatinhar novamente. Estar inscrito nos 8Km
me deixou com uma alegria de dimensões inexplicáveis, pois entre o não correr e
o poder minimamente correr, certamente a última mexeu muito comigo. Retirei o kit três dias
antes, tamanha era a ansiedade de estar novamente em contato com o “cheiro” da
corrida, no Ginásio Mauro Pinheiro, localizado no Ibirapuera. Antes disso, duas
semanas antes, participei de um evento na academia, denominado “Cycle On Top”,
uma aula de bike no heliponto do Continenal Square Faria Lima, onde situa-se a
academia Reebok Sports Club – Vila Olímpia.
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Kit da Maratona de São Paulo |
A largada ocorreu às 07h30min, pontual, com os
corredores de todas as distâncias agrupados, sem qualquer chance de desvencilhamento.
Foi por volta do terceiro quilômetro que consegui impor meu ritmo, nada muito
acima do que vinha correndo até então. Não senti dores ao longo do percurso,
apenas um cansaço natural, aquele que lembra corpo enferrujado (se é que o
corpo humano pode ficar nesse estado) pelos tantos meses sem pisar em um evento
oficial. Nada preocupante, corri entretido com músicas e com o suporte de um
tênis excepcional: Adidas UltraBoost, que mais parecia um pisar sobre almofadas
macias. Diversos fotógrafos espalhados pelo curto trecho em que estive, quatro quilômetros para ir e igual trecho de retorno, já que as distâncias maiores seguiriam
muito mais adiante. Com 45 minutos e 25
segundos, cruzei a linha de chegada oficialmente dos 8,047Km.
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5 meses depois |
Fui para casa com o sorriso de orelha a orelha, mas
com o compromisso de manter, mais do que nunca, fiel aos treinos na academia,
para que fraqueza muscular e eventuais contusões não encontrem respaldo
favorável em meu corpo nos dias que virão. Próxima parada já tem data: Rolling Stones Music Run, no dia
13/05/17, prova que eu deixei de participar no ano passado, com inscrição feita
e tudo, por conta da contusão.
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Medalha - saudades de fotos assim (minhas!) |
Bola pra frente, que agora a porteira está aberta e o bode está solto outra vez!
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