segunda-feira, 17 de abril de 2017

O desafio do retorno


Tantas coisas aconteceram desde o dia 29 de outubro de 2016 que a maior dúvida de todas as dúvidas é saber por onde começar ou reiniciar. Quando corri a Star Wars Run, na data acima citada, mal podia pensar ou esperar que seria a última corrida pelos cinco meses seguintes. Corri com dor aqueles agradáveis 7Km, dor física, de uma espécie de “ite”, melhor definida nos exames como canelite, excesso de repetição que causou estresse nos tendões da perna (direita). Qual a solução? Atividades de pouco impacto e fortalecimento muscular moderado. Arrisquei uma hidroginástica, que acabou revelando-se um grande erro, pois o impacto submerso aumentou o estrago. O que aquele distante-recente outubro tem em comum e oposto com os dias atuais? As férias! Estava também em recesso naqueles dias, mas com a grande e principal diferença: lá eu me encontrava com dor, hoje eu não estou, posso dizer que a minha recuperação demorou, mas aconteceu.

29/10/16 - sorriso apenas para foto - última corrida
Fiz tantas coisas nessa pausa esportiva, engordei, comi pra caramba, fui à baladas (atualmente conhecida como “pubs”), conheci pessoas, li alguns livros, retomei minha paixão material por Cds japoneses, retornei ao Twitter, enfim, respirei vida de outras formas. Coloquei em mente que o retorno não poderia ser precipitado ou envolto à impulsão, pois o resultado de coisas impensadas não são os melhores. A passos de tartaruga fui marchando em direção à academia, constatei o quanto é penoso a retomada da disciplina (experimente ficar três dias seguidos sem ir, por exemplo, para entender o que estou falando), o meu corpo de 32 anos encontrou resistência em assimilar que sem o apoio do fortalecimento não seria possível fazer outras atividades com razoável performance. Comprei um pote de “Whey Protein” para estimular minhas células a aceitar a aquisição de massa magra, o que tem proporcionado um efeito positivo.

Paixão: CDs dos seriados japoneses - Changeman (1985)
Aos poucos contarei a vocês o acumulado de minha vida nesses meses de “silêncio” ativo, pois acredito que transmitir experiências é a melhor forma de interação e aprendizado. Vocês conhecerão a minha faceta voltada para os seriados japoneses, cuja paixão nunca se apagou, ao contrário, a nostalgia é cada vez mais prazerosa. Nem preciso, melhor dizendo, preciso dizer o quanto estou feliz pelo retorno do Guns N’ Roses, minha banda de rock favorita em qualquer constelação que ela toque. Outra experiência muito bacana foi assistir a Corrida de São Silvestre de cima, literalmente, após receber um irrecusável convite para um café da manhã promovido pelos idealizadores do evento no prédio da Fundação Cásper Líbero. Confesso que fiquei numa vontade enorme de correr, mas poupei os pensamentos ousados. É impressionante o impacto que damos às nossas vidas do momento em que acordamos até o instante que nos recolocamos na cama para recarregar as energias.

Cycle On Top 
Sobre a corrida do dia 09 de abril de 2017, mais uma vez tive a oportunidade de participar de um evento que sempre compôs o meu calendário esportivo: Maratona Internacional de São Paulo. Mas não foi nos 42km, tampouco nos 24Km, muita carga emocional e física para alguém que está aprendendo a engatinhar novamente. Estar inscrito nos 8Km me deixou com uma alegria de dimensões inexplicáveis, pois entre o não correr e o poder minimamente correr, certamente a última mexeu muito comigo. Retirei o kit três dias antes, tamanha era a ansiedade de estar novamente em contato com o “cheiro” da corrida, no Ginásio Mauro Pinheiro, localizado no Ibirapuera. Antes disso, duas semanas antes, participei de um evento na academia, denominado “Cycle On Top”, uma aula de bike no heliponto do Continenal Square Faria Lima, onde situa-se a academia Reebok Sports Club – Vila Olímpia.

Kit da Maratona de São Paulo
A largada ocorreu às 07h30min, pontual, com os corredores de todas as distâncias agrupados, sem qualquer chance de desvencilhamento. Foi por volta do terceiro quilômetro que consegui impor meu ritmo, nada muito acima do que vinha correndo até então. Não senti dores ao longo do percurso, apenas um cansaço natural, aquele que lembra corpo enferrujado (se é que o corpo humano pode ficar nesse estado) pelos tantos meses sem pisar em um evento oficial. Nada preocupante, corri entretido com músicas e com o suporte de um tênis excepcional: Adidas UltraBoost, que mais parecia um pisar sobre almofadas macias. Diversos fotógrafos espalhados pelo curto trecho em que estive, quatro quilômetros para ir e igual trecho de retorno, já que as distâncias maiores seguiriam muito mais adiante. Com 45 minutos e 25 segundos, cruzei a linha de chegada oficialmente dos 8,047Km.

5 meses depois

Fui para casa com o sorriso de orelha a orelha, mas com o compromisso de manter, mais do que nunca, fiel aos treinos na academia, para que fraqueza muscular e eventuais contusões não encontrem respaldo favorável em meu corpo nos dias que virão. Próxima parada já tem data: Rolling Stones Music Run, no dia 13/05/17, prova que eu deixei de participar no ano passado, com inscrição feita e tudo, por conta da contusão. 


Medalha - saudades de fotos assim (minhas!)

Bola pra frente, que agora a porteira está aberta e o bode está solto outra vez!

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