segunda-feira, 5 de novembro de 2012

[ESPECIAL] Reta final para mais uma grande conquista!

Olá amigos, estamos chegando ao encerramento de um ciclo que certamente ficará marcado na memória de muita gente. A Copa Paulista de Corridas de Montanha terá o seu último capítulo escrito no dia 25/11/12, no município de São Bento do Sapucaí/SP. A partir da junção das medalhas recebidas nas etapas ao longo do ano, será possível formar a grande mandala, o que para muitos representa a consecução à analogia da totalidade.
Falta apenas uma!
De maneira resumida, farei uma breve retrospectiva das etapas anteriores, exceção feita ao evento em Campos do Jordão (IV etapa) que, por motivos de força maior, impediu o meu comparecimento:

1ª etapa – Mairiporã/SP (29/01/12)
(...) O final dessa trilha foi perto do quinto quilômetro, ao final dela, havia o primeiro posto de hidratação (água e melancia). Segui por uma estrada de terra por alguns bons quilômetros até me aproximar da trilha que dava acesso ao “Pico do olho d’ água”, logo de cara notei que seria uma verdadeira escalada até o topo. O cenário era magnífico, apesar de o dia estar nublado, foi possível tirar boas fotografias. Nesses momentos de “caminhada” em fila indiana, tive a oportunidade de conversar com corredores e saber das impressões sobre a prova, todos gostando muito daquele desafio (...)


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2ª etapa – São Sebastião/SP (26/02/12)
(...) Pouco mais de dois quilômetros percorridos e já pela frente o primeiro rio a ser cruzado, apesar de ser raso e curto, os pés já estavam encharcados logo de cara e seria um incômodo para a sequenciada prova. Após, segui por uma trilha fechada, mas de fácil deslocamento até desembocar no grande desafio da primeira metade da prova: um rio com aproximadamente 300 metros de comprimento, com a água no nível do tórax. Pelo calor que estava, foi divertido “caminhar” por ali (era a única coisa possível, mesmo tendo algumas pessoas que literalmente mergulharam e iam cruzando o trecho nas “braçadas”), sem dúvida um dos melhores momentos da corrida (...)

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3ª etapa – Paranapiacaba/SP (26/02/12)
(...) Finalmente o lago terminou, iniciei a subida por uma pequena cachoeira, nesse momento senti falta da luva para apoiar nas pedras, estava vencendo os obstáculos utilizando os quatro apoios (pernas e braços), percebi a lentidão ou mesmo precaução de alguns corredores naquele momento, daí resolvi usar outro caminho e forçosamente acabei ganhando posições. Mantive a confiança e segui em frente, e nada do lago terminar, foi quando vi vários corredores passando por cima de um tronco de árvore atravessado no caminho, optei pelo caminho de “português”, fui por cima, ao apoiar, levei um baita escorregão caindo de costas na água, só me recordo de pessoas rindo dessa cena. (...)

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4ª etapa – Campos do Jordão/SP (29/04/12)

Infelizmente não tenho história para contar, fui acometido de uma forte gripe, passei o final de semana da prova sob efeito de remédios. A partir dessa ausência, não poderia faltar em nenhuma corrida, pois a Copa Paulista de Corridas de Montanha permite uma prova de descarte, já que para completar a mandala o atleta precisa ter completado no mínimo dez provas, das onze possíveis.
Estava muito doente nesse dia...
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5ª etapa – Santo Antonio do Pinhal/SP (27/05/12)
(...) Sem exceção, todos os corredores que estavam próximos, caminhavam, era quase impossível correr, quando atingi o final da subida, entrei num terreno de mato aberto que me conduziu até uma verdadeira escalada por um verdadeiro morro, o fato de estar usando luvas facilitou, pois senti mais segurança para usar os quatro apoios (pés e mãos). O final da escalada ainda reservou uma verdadeira rampa por um trecho muito estreito e íngreme em mata fechada, não conseguia enxergar o fim daquela subida, o cordão de isolamento era o meu guia, se por um lado não tinha a mínima noção para onde estava indo, ao menos sabia que aquele era o caminho certo (...)


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6ª etapa – São Roque/SP (24/06/12)
(...) A prova nem bem começou e já encarei uma descida com proporções do tipo “ladeira ao contrário” (risos), num terreno acidentado (isso para não dizer esburacado), onde havia tudo menos estabilidade. Nenhum atleta poupou esforço, todos em passadas rápidas, fizeram dos joelhos uma verdadeira “engrenagem”, onde as pernas realizavam um movimento acelerado em direção aos obstáculos. Iniciar uma prova em descida era um fato raro em meu histórico de corridas, foram bons três ou quatro quilômetros correndo daquela forma, ora interrompidos por pequenos trechos de aclives inofensivos, onde desembocava numa nova descida. Ao final do que parecia ser aquela rede de instabilidade, um corredor passou perto de mim e comentou “em pensar que todo esse trecho será o retorno da prova!”, foi aí que o meu psicológico foi para o espaço sideral (...)


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7ª etapa – Paraibuna/SP (29/07/12)
(...) Logo de cara vi uma cena curiosa: o corredor Felipe Vizioli correndo acompanhado com o “Jimmy Cliff”, assim chamado o seu esbelto cão. Num determinado momento, o asfalto deu lugar as famosas trilhas e estradas em terra batida, sendo percorridas em subidas. Por ser logo no início, tais obstáculos não assustaram, até aquele instante os atletas estavam encarando sem maiores dificuldades os aclives iniciais. Dali para frente, a prova assemelhou-se a outras etapas, tais como “Santo Antonio do Pinhal” e “São Roque”, parecia que a soma dessas duas resultava no “Frankenstein” chamado “Paraibuna” – risos. Quando parecia que a prova estava chegando ao final, fomos “presenteados” com a subida do Morro da Caixa D’ Água (...)


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8ª etapa – Piquete/SP (25/08/12)
(...) A partir daquele momento, foi um incansável sobe e desce, ora por trilhas abertas, ora por valas estreitas e com muitas dificuldades de visualização. O percurso estava todo demarcado por bandeiras amarradas em barbantes e luzes incandescentes (parecia pulseiras brilhantes utilizadas em baladas – risos), porém, a principal tarefa naquela escuridão era manter a concentração e atenção a tudo o que vinha pela frente. Por vezes a lanterna escorregava na cabeça, em quase todas as ocasiões devido aos tropeços e viradas bruscas, face algum obstáculo. Atingimos um momento em que os morros deram lugar a espaços abertos, porém, cheio de armadilhas, numa delas, me fez lembrar o desenho do Pica-Pau, em que o Zeca Urubu arma  um fundo falso e o cobre com grama, tal situação aconteceu comigo ao pisar naquela grama falsa e levar um baita tombo - nada mais era que uma cratera entranhada naquela escuridão (...)


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9ª etapa – Atibaia/SP (30/09/12)
(...) A prova ganhou contornos de montanha logo que o asfalto deu lugar às estradas de terra batida, como o tempo estava seco, a poeira subia sem grandes cerimônias. Dali para frente começou o famoso “sobe e desce” por trilhas fechadas e abertas. As subidas não eram tão íngremes como em São Roque ou Paraibuna, porém, Atibaia ainda reservava surpresas e trechos igualmente desafiadores. O final estava próximo, já era possível avistar a famosa Pedra Grande, mas ainda havia alguns obstáculos pela frente, um deles um barranco, onde não havia nenhum jeito para apoiar-se, sabe-se lá como consegui subir e prosseguir na prova. (...)


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10ª etapa – Mogi das Cruzes (21/10/12)
(...) A largada, simultânea para as duas modalidades, aconteceu da forma como a maioria dos corredores gostam: em descida, um cenário amplamente favorável do que poderia ser uma prova rápida. Inocente engano, pois a descida revelou-se apenas uma armadilha para aqueles que depositaram muita energia no início. Pouco tempo depois, as subidas ganharam espaço tornando-se a tônica do percurso, muitos barrancos sinuosos, onde a caminhada foi a única maneira de vencê-los. Antes de iniciar a subida pelo morro que dava acesso ao Pico do Urubu, outros obstáculos, de menor potencial, surgiram pelo caminho: trilhas abertas, subidas curtas e grandes pedras pelo caminho, tudo isso cercado por um visual sensacional. (...)


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Que venha a última etapa, para encerrarmos essa grande jornada e nos prepararmos para os próximos desafios que surgirão em 2013.

4 comentários:

  1. Q. gostoso vler essea retrospectiva, com isso acompanhamos com vc o seu empenho/desempenho, as surpresas q te aguardavam em cada etapa e como vc foi evoluíndo a cada participação. Então só falta uma? Q. pena e ao mesmo tempo uma alegria, pena pq encerra-se mais uma etapa da sua brilhante "carreira", mas alegria justamente por isso, pois foi um aprendizado, onde vc conheceu novos lugares, fez muitas amizades que vai levar prá muito muito tempo.
    Parabéns prá vc e obrigada por compartilhar de tudo conosco. E que venha São Bento do Sapucaí!!!! E sua mandala completa!!!! Bjs

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  2. Dan,
    obrigada por compartilhar conosco emoção, experiência, alegrias, desafios, vitórias !
    Que você faça uma ótima prova em São Bento do Sapucaí e complete sua merecida mandala (além de muitas outras conquistas, como conhecer estes lugares maravilhosos que São Paulo tem, em suas diferentes paisagens, culturas, cheiros, sabores...).
    Beijo.
    Até mais.
    Patrícia.

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  3. Nossa, que legal!

    Adorei ver as fotos de todas etapas! Quem sabe um dia não participo de um ciclo desse?

    Vi seu blog no twitter e gostei bastante!

    Estou retomando os treinos, ainda devagar, mas é sempre bom ver histórias inspiradoras.

    Meu blog é: http://corrabrunacorra.blogspot.com

    abraços

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  4. Que bacana seu blog.
    Também sou apaixonada por corrida, já participei de algumas, espero chegar nesse nível ;)

    Parabéns!!!

    Emylene

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