sábado, 1 de março de 2014

Meia Maratona de São Paulo

Olá amigos, falar sobre a Meia Maratona de São Paulo é uma tarefa bem simples, posso resumir numa única palavra: agradável. O evento, antecipado para o mês de fevereiro (daqui a pouco vai acabar sendo no dia 31 de dezembro – risos), foi a minha estreia em provas oficiais em 2014. Isso porque dei um enfoque maior aos treinos e a interrupção deles comprometeria o meu preparo a longo prazo. E o resultado disso não poderia ter sido melhor, fiz uma prova conservadora, sem sustos e com a sensação de que poderia seguir mais uns bons quilômetros adiante.

Domingo, 23 de fevereiro de 2014

Na véspera, retirei o kit no ginásio “Mauro Pinheiro”, localizado no Ibirapuera. O local, reduto de distribuição de kits da Yescom (organizadora do evento), havia vários atendentes, uma boa medida para se evitar filas; em poucos minutos já estava de posse do número de peito, chip de cronometragem e a “humilde” camiseta alusiva (da “pobre” Amphibia”), lembro que em outros anos, a Adidas comandava essa área, uma pena o patrocínio não ter permanecido. Além disso, a sacolinha plástica ainda trazia as já conhecidas bugigangas da patrocinadora vitalícia “Três Corações”. Sem cometer injustiça, havia um gel “carb up” perdido no kit.

Estádio Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu)
Pois bem, o sábado quente anunciava a possibilidade de chuva no decorrer do dia, o que de fato se concretizou, fiquei intensamente animado, as altas temperaturas de janeiro e fevereiro estavam acabando com o meu bom humor. Não me agrada ter que treinar trancafiado numa academia, algo que venho fazendo desde dezembro, dadas as condições impróprias de se treinar em temperaturas que chegam aos insanos 36ºC (ou mais). Mas como nem tudo é perfeito, apesar da nebulosidade e uma rápida pancada de chuva, o calor resistiu e o cenário permaneceu inalterado. Restava torcer para que a manhã de domingo estivesse mais fresca.

Antes da largada
A largada estava marcada para as 07h15 (os cadeirantes, elite masculina e feminina iniciaram minutos antes). O palco escolhido foi o tradicional entorno do estádio do Pacaembu, na zona oeste da cidade de São Paulo, uma espécie de “espaço fixo” de muitas organizadoras de corridas. Tive uma agradável surpresa ao não encontrar filas no guarda-volumes, a mesma sorte não aconteceu quando fui ao banheiro químico, ao menos umas doze pessoas antes de chegar a minha vez. A distribuição da largada tinha uma certa precedência, por cores, identificadas com pulseiras individuais tipo “balada”, não creio que tenha funcionado, a fiscalização era branda, mas nem por isso fiz caso.

Concentrado
Fiquei posicionado bem no fundo (“fundão” mesmo), onde havia muitos corredores inscritos nos 5Km (distância que serve mais para “fechar a conta” da organização do que visar algum objetivo mais audacioso por parte do corredor). Depois de seis minutos, consegui passar pelo pórtico de largada, mais uma vez digo que nada daquilo me incomodava, depois de mais de dois meses treinando, queria mesmo curtir o evento ao som de muito rock n’ roll. O sol ainda era tímido, ainda não causava transtornos físicos e psicológicos. A primeira passagem pelo famoso Elevado Costa e Silva (popular “Minhocão) foi bem tranquilo, havia postos de água aos montes (ponto para a organização!), além de dezenas de fotógrafos espalhados pelo percurso.

O forte calor não tirou o meu bom humor
Um dos momentos mais bacanas foi na avenida Duque de Caxias, região central da cidade, apesar dos problemas sociais (moradores de ruas), o clima era bem amistoso, ainda mais quando passamos pela Estação Júlio Prestes, Parque da Luz e demais ruas daquele bairro. Ali o sol já havia despertado e “tomado café” (risos), pronto para afetar os menos preparados. O meu rendimento era sólido, sem demonstrações de cansaço ou qualquer coisa do tipo, a prova estava bem controlada. A certa altura, passamos a receber gatorade em sachês (muito melhor que os servidos em copo aberto), estavam gelados, no ponto para o consumo imediato. Nesse instante lembrei que tinha comigo o tal “carb up” (o mesmo que veio no kit).

Reta final: inteiro
Quando finalmente chegamos próximos a estação Barra Funda, era possível ver a fatiga estampada no semblante de muitos atletas, poucos eram os que ainda mantinham uma passada consistente. A segunda investida pelo “minhocão” foi um tanto penosa, diferente da realizada no início da prova, o asfalto reluzia a altivez dos raios solares, não havia sombras, exceto as formadas por alguns edifícios antigos. Os postos de hidratação funcionando corretamente foi o diferencial, pois no momento em que a sede “apertava”, surgia um posto de água para refrescar os atletas. Não fiz economia com a água, além de consumir, usei para apagar o “incêndio no corpo” (para o que enfrentamos hoje em dia, me causa arrependimento).

Com o Ibere Dias
O final seguiu pelo mesmo local do início (Avenida Pacaembu), onde continuei no mesmo ritmo (de treino = entre 40 e 60% da minha capacidade total), sem ter cometido oscilação que saltasse à vista. Com o tempo de 1h52min, conclui mais uma meia maratona, começando 2014 de uma maneira bem satisfatória. Uma belíssima medalha, acompanhada de mais gatorade (dessa vez no copo), duas barrinhas de cereal, um mini torrone e aqueles canudinhos recheados, todos da marca Montevérgine. Encontrei o meu amigo Ibere Dias (colunista do blog “Senta a Bota”, da revista Runner's World).

Medalha

E o tênis, que fim levou?

Antes de encerrar o presente relato, é com bastante alegria que informo a todos que chegou ao fim a saga do par de tênis que comprei no exterior, pela internet. Depois de exatos trinta dias, o produto foi liberado pela alfândega, devidamente tributado (essa foi a parte triste – risos) e recebi a notificação dos Correios de que já poderia efetuar a retirada. O modelo “Saucony ProGrid Omni 11” é sensacional, fiz um treino de 45 minutos de esteira e constatei tratar-se de um modelo altamente confortável (nem precisa ser amaciado), leve e de um custo bem acessível (diferentemente dos absurdos que vemos por aqui). Entendo que nesse caso a propaganda é válida: www.sportsshoes.com.

Ferrari nos pés (ou melhor Red Bull - risos)
Deixarei vocês um pouquinho mais curiosos a respeito das novidades que venho falando nos últimos relatos. Na próxima semana (entre terça e quarta-feira) postarei a primeira dica, só posso dizer que é mais um bom capítulo que estou prestes a escrever em minha vida.


Nos vemos em breve!

3 comentários:

  1. Oi Dan,
    Muito legal! Parabénssss
    Foi facin facin né? chegou sobrando, rs
    Beijo!

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  2. Oi Daniel,
    Parabéns pela prova!!!
    Também participei dela este ano. É um percurso de maior dificuldade quando comparado as outras meias realizadas na cidade de São Paulo.
    Bons treinos!

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  3. Grande Daniel,
    Muito bom o relato. Parabéns pela prova, muito bom o seu tempo.
    Bons treinos campeão.

    Abraços,

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