domingo, 14 de outubro de 2012

[RELATO] 23ª Dez Milhas GAROTO

Olá amigos, essa prova estava na minha “mira” há algum tempo, tanto é que neste ano procurei priorizá-la com três meses de antecedência. Para quem não conhece, essa prova acontece no Estado do Espírito Santo, com a largada em Vitória e a chegada em Vila Velha. Pelo nome badalado da prova, até que a inscrição custou barato (R$ 55,00), valor baixo comparado às corridas realizadas na capital paulista (no período inicial as mesmas inscrições eram feitas a simbólicos R$ 40,00). Mas isso não era tudo, era necessário comprar passagem aérea e reservar o hotel e saber quanto tempo eu iria permanecer por lá. Depois de algumas pesquisas, comprei a passagem no site do Decolar.com e reservei o hotel “Sol da Praia”, tudo por valores bem razoáveis.
Kit pré-prova
A minha expectativa era grande, pois ainda não conhecia o estado capixaba, portanto, era apenas aguardar o dia da viagem. O embarque estava marcado para o dia 01/09 (sábado e véspera da prova) e o retorno programado para o dia 02/09 (isso mesmo, o famoso “bate-volta”). Na sexta-feira (31/08) trabalhei normalmente, porém, todos sabem como é esse dia na cidade de São Paulo, principalmente entre 18h e 21h00. A exemplo de milhares de paulistanos, o trânsito atrapalhou meus planos de chegar em casa mais cedo, de forma que, ao chegar em minha casa, tive que “correr” para organizar a mala (com a ajuda da minha avó). Isso porque tive a ideia de passar a noite por lá (no aeroporto), visto que seria muito dispendioso acordar no início da madrugada.
Aeroporto (minha chegada)
Vitória (Praia de Camburi)
Passei a noite de sexta para sábado em “claro”, aguardando o voo na sala de espera, porém, graças ao notebook, as horas passaram rapidamente. Mas nada foi mais esquisito do que comer no Mac Donald’s do aeroporto às duas horas da manhã, realmente foi um tanto fora do comum (risos). O voo seguiu sem atrasos e em pouco mais de uma hora já me encontrava em terras capixabas ou espírito-santenses. Desembarquei no pequeno e agradável aeroporto Eurico Aguiar Salles, em Vitória, lá pelas 08h00min, com o dia já apresentando claros sinais de que seria bastante quente. O meu check-in no hotel seria apenas ao meio-dia, portanto, ao invés de pegar um táxi, resolvi seguir caminhando, afinal, não estava com pressa.
Jantar de massas
Tenho em mente a premissa de que, para conhecer um lugar, nada como caminhar nele, afinal, de carro tudo é muito rápido e perdemos os detalhes (salvo as exceções de distâncias muito longas ou pressa para o cumprimento de obrigações). O meu perfil naquele dia era o de turista, com isso, pude conhecer logo de cara a Praia de Camburi, localizada na avenida onde eu me hospedaria (futuro, pois ainda não tinha chegado ao hotel – risos). Ao chegar ao hotel, fiz o check-in, porém, tive que aguardar cerca de uma hora, pois ainda não havia quarto disponível. A retirada do kit seria no próprio sábado, na Fábrica de Chocolates Garoto, em Vila Velha. Deixei as minhas coisas no hotel, pedi algumas informações na recepção e fui buscar o kit.
Pórtico de largada
Concentração para a largada (ao fundo o Hotel Sol da Praia)
Não demorou mais que quarenta minutos, de ônibus, para chegar a Vila Velha, encontrei um “velho conhecido” que volta e meia atrapalha o meu caminho em São Paulo: o trânsito (risos). Notei que Vila Velha “respira” chocolate, basta olhar nas ruas, é quase que uma regra alguém na rua com uma sacolinha com chocolates. É bem verdade que a Fábrica da Garoto está localizada numa região comercial da cidade e o número de turistas também contribui para a grande movimentação de pessoas nas ruas. A retirada do kit aconteceu num clima de “feira livre”, pois estava abarrotado de gente e todo mundo falando ao mesmo tempo, apesar disso, mesmo esperando uns quinze minutos na fila, retirei o kit sem maiores problemas. Nele, uma bela camiseta na cor amarela, número de peito personalizado com o meu nome, chip de cronometragem de punho e informativos.
Antes da prova começar
Visual
Ainda no sábado haveria um jantar de massas oferecido pelos organizadores. Por algum momento relutei em ir, pois estava cansado (não havia dormido direito) e optaria em jantar num lugar mais perto (em Vitória mesmo). Entretanto, mais uma vez a frase “Sou turista e estou a passeio” veio à mente, em vez de ficar no hotel, resolvi ir ao jantar de massas, afinal, era “grátis” (risos). Quando cheguei, uma fila quilométrica de pessoas na entrada da fábrica, o arrependimento já estava latente, mesmo assim resolvi encarar a fila para ver no que ia dar. E valeu a pena, conheci corredores de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro, falamos de algumas provas, entre elas a São Silvestre etc. O jantar foi ótimo, fomos servidos de um prato de macarronada, pão, dois copos de suco e dois bombons, ao final, ainda um sorvete como cortesia. Retornei à Vitória e fui direto para a cama!
Início da prova
Subida
Acordei com o som dos alto-falantes da prova “batendo à minha janela”, isso porque a largada era bem em frente ao hotel em que eu estava hospedado, aliás, o hotel, cujo nome leva oportunamente o nome “Sol da Praia”, fazia jus àquele domingo que amanhecia combinado com um céu esplendorosamente azul. Tomei um rápido café e em poucos minutos já estava pronto para correr. A galera estava muito animada, segundo dados da organização, havia mais de seis mil participantes, garantindo o sucesso do evento. A prova começou exatamente as 08h00min, com todos partindo rumo a Vila Velha. O percurso em si foi praticamente plano, exceto quando iniciei a subida pela 3ª Ponte, que separa as duas cidades (Vitória e Vila Velha). Nesse momento saquei a câmera fotográfica para registrar algumas fotos, sem dúvidas um visual exuberante (como vocês poderão observar nas fotos).
3ª Ponte
Vitória
O calor consumia e fatigava muitos atletas, ainda na ponte era possível ver várias pessoas caminhando, talvez a melhor forma de poupar energias para os quilômetros seguintes. Em vários pontos do percurso havia pessoas, moradores e turistas, incentivando os atletas, numa clara demonstração de que o evento já incorporou às raízes culturais das duas cidades. Já em Vila Velha, passei por áreas residenciais, um longo trecho na orla da Praia da Costa, até o caminho em direção à fábrica da Garoto. Não tive problemas nos postos de água, todos bem abastecidos, aliás, vale ressaltar a boa sinalização no percurso, mesmo nas ruas onde existe um grande fluxo de veículos. O final foi sensacional, a estrutura montada para receber os atletas foi grandiosa, havia arquibancadas nas duas laterais repletas de pessoas em polvorosa. Conclui os 16Km com o tempo de 1h26min, o que me deixou muito satisfeito. Recebi uma medalha bacana, similar a um chocolate (pelo tamanho e formato), além de uma sacolinhas com frutas, chocolate (talento) e suco de caixinha. Também teve isotônico servido em copo aberto.
Praia da Costa (Vila Velha)
Praia da Costa (Vila Velha)
No local de dispersão, havia uma banda tocando músicas ao vivo, pop e rock, acompanhei por alguns instantes, depois fui pegar as minhas coisas no guarda-volumes (aqui faço uma menção elogiosa ao trabalho organizado e rápido dos staffs na devolução dos volumes). Retornei ao hotel, ainda com tempo suficiente para tomar um sorvete e curtir o visual da Praia de Camburi. Arrumei a minha mala e fui ao aeroporto (dessa vez de ônibus – risos). Apesar de ter sido uma viagem “relâmpago”, pude conhecer as duas cidades e trazer boas recordações de tudo que conferi naquele final de semana. Para quem nunca correu essa prova, eu recomendo e ainda sugiro que vá disposto a ver e a comer bastante chocolate (risos). Só achei esquisito a loja de Fábrica da Garoto vender a tradicional caixa amarela com um preço superior à mesma encontrada nos supermercados daqui, enfim, como diz a minha amiga Solange “tem coisas que é melhor não entendermos...).
Pós-prova...
Nem tudo é corrida (risos)
Com a minha amiga Isabella
Destaco mais uma vez a linda medalha que recebi ao término da prova:
Medalha
Este relato está muito atrasado, no entanto, fiz questão de escrevê-lo em detalhes, pois a 24ª edição das Dez Milhas Garotos só ocorrerá em 2013, portanto, estou dentro do prazo para apresentar a minha história (risos). Em nosso próximo encontro, contarei como foi a minha participação na 20ª Maratona Pão de Açúcar de Revezamento, onde completei oficialmente 11 anos de corridas e que os 10Km inicialmente planejados acabaram se tornando mais de 20Km num dia tão quente quanto os presenciados em terras capixabas!


Até a próxima pessoal!

5 comentários:

  1. Que legal seu post Daniel!
    Realmente é uma prova diferenciada. Espero um dia participar também.
    Um grande abraço e fico no aguardo do próximo relato!

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  2. Que lugar lindo! Tenho muita vontade de correr fora de SP, ver uma paisagem diferente. Mas tem essa, pagar passagem, Hotel, não é fácil.
    Achei a medalha bem bonita tbm.
    Parabéns pela prova.

    Bjs

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  3. Prova diferente e muito bonita. Vou mw programar para participar de uma das edições.

    Sucesso!

    Roberto
    http://corredoresdeverdade.blogspot.com.br

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  4. Dannnnnnnn, antes de chegar ao Espirito Santo, vc quase sentiu o q o personagem do Tom Hanks no "Terminal", passou, mas um pouco melhor, com tecnologia, eba!!!! Q prova de fogo hein? E vc tirou de letra, Parabéns!!! vc deu tantos detalhes da viagem q vou ter q comentar....., a cidade respira chocolate e os turistas, incluindo vc, transpiram choco, né? rsrs o legal de td isso eh q vc curtiu! E, ah!! concordo com sua amiga "tem coisas q não conseguimos entender mesmo, deixa rolar.... bjs

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  5. Bom dia Daniel, este ano vou correr minha primeira 10 milhas na Garoto. Pelo que li em seu relato, deslocar-se em Vitória e Vila Velha não apresentou dificuldades. Espero ter a mesma sorte. Um abraço.

    Eduardo Cordeiro
    http://corrodemodonadaincerto.blogspot.com.br/
    https://www.facebook.com/eduardomagusm

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