[RELATO] 2.0KM Beach Cross Bertioga

Continuando...ainda sob efeito da Corrida de Montanha em Paranapiacaba (sábado – 26/03/11), peguei carona como os meus amigos Antonio e Jorge até Mogi das Cruzes. O meu final de semana ainda reservava os 20Km Beach Crros Bertioga no dia seguinte (27/03/11). O Antonio me deixou na Estação Rodoviária de Mogi por volta das 20h00, fui direito comprar o bilhete, porém só havia passagem para as 21h30, recebi a notícia de bom grado, afinal, teria tempo para comer algo, pois estava faminto. Próximo dali havia uma lanchonete Habib´s, não pensei duas vezes e fui até lá. Engraçado como a corrida me “persegue”, estava acontecendo justamente naquele momento a Corrida Noturna FlexPé, o trânsito estava sendo desviado defronte ao Habib’s.

Pousada My Power em Bertioga

Depois de comer um merecido lanche (tudo bem que poderia ser uma refeição a base de massa no lugar, mas pelo menos não estava mais com fome), retornei à rodoviária e em poucos minutos já estava dentro do ônibus. A viagem foi tranquila, havia pouquíssimas pessoas e não houve paradas, em pouco mais de uma hora e vinte minutos já estava no Forte São João (popularmente conhecido como o Forte Bertioga). A noite estava agradável, muitas pessoas ainda estavam na praia ou nos bares e restaurantes beira-mar, fui direito para a pousada My Power (indicada pela organização do evento).

Praia de Bertioga às 07h00 de domingo

Não fiz “cerimônia”, após um belo banho (tirei o restante do barro de Paranapiacaba), fui direto dormir, afinal, ainda faltavam 20Km pela frente. Nunca me atrasei para as corridas, porém, para afastar de vez a possibilidade, pedi a recepção da pousada que me acordasse às 06h15. Dormi feito “pedra”, mas sem a necessidade de ser despertado por outra pessoa. O dia prometia ser muito quente, o que de fato ocorreu. A largada estava prevista para as 08h30. Fui pegar o meu kit (camiseta, nº de peito e chip), ainda não havia movimentação de corredores, e retornei à pousada para me trocar. Por conta do calor, optei em correr apenas com camiseta, sunga e tênis. Ainda tomei um comedido café, com direito a melão, pão de forma com geléia e suco de pêssego.

Antes da prova

Retornei ao local da retirada de kits e a concentração de atletas já estava bem maior, junto com a prova principal (20Km solo) haveria uma prova de revezamento em dupla, onde cada um correria 10Km. Pouco antes da largada encontrei o meu amigo Durval (o japonês), que estava animado para correr na areia. A largada aconteceu pontualmente às 08h30, corri ouvindo músicas, uma maneira de me distrair, pois tinha plena consciência que a fadiga poderia surgir após o décimo quilômetro, pelo pouco tempo de descanso em decorrência da corrida difícil feita em Paranapiacaba no dia anterior.

Depois da prova - mais um desafio vencido

Iniciei a corrida de forma moderada, sem fazer grandes esforços, mas percebi que aos poucos ia fazendo algumas ultrapassagens. Os postos de hidratação estavam bem postados, a água estava gelada, principal exigência para aquele calor. As praias estavam bem movimentadas, havia de tudo: pessoas curtindo o mar, tomando um bronzeado, crianças brincando, outros praticando esportes, o dia estava realmente ótimo. Para nós, corredores, o dia estava terrivelmente quente e, com cerca de cinqüenta minutos cruzei o tapete magnético que marcava a metade da prova (além de água foi servido Gatorade no copo). Apesar de ser inteiramente plana, tinha em mente que o retorno seria bem difícil, encontrei vários corredores no sentindo oposto (certamente sofreriam mais, pois o calor só aumentava). Corri sem me preocupar com as fissuras de água corrente na areia, pois a minha última contusão havia acontecido justamente por ficar saltando sobre esses “obstáculos” para não molhar os pés e com isso acabei ficando mais de três meses sem poder correr.

Exibindo o troféu de 2º lugar na faixa etária

Perto do final, lá pelos quilômetros quinze e dezesseis, caminhei por alguns segundos, pois o calor, aliado ao cansaço haviam finalmente “encontrado” as minhas pernas – risos. Felizmente, não fui ultrapassado, melhor dizendo, até fui, porém consegui me recuperar da posição perdida. Apenas senti a ausência dos fotógrafos do COSTAMA no evento (presentes nas outras provas organizadas pela TH5 Eventos). Não apareci nas fotos divulgadas até então. Vale ressaltar que eu não estava “lento”, pelo contrário, o bom ritmo na primeira parte é que me deu o “luxo” ou mesmo por necessidade, de diminuir o ritmo a ponto de caminhar por alguns segundos e recobrar um pouco as energias (calor que afetou a todos, logo eu não era o único que sentia o sol “derretendo o cérebro” – risos).

Pódio - Nova Equipe representada!

Terminei a corrida em suadas 1h39min, o que me conferenciou o 2º lugar na categoria 25-29 anos (premiação para os cinco primeiros na faixa etária). Ainda pude presenciar o Durval ganhar o seu primeiro troféu na categoria (55-59 anos). Subi no pódio, tirei fotos para posteridade e ainda ganhei pontos no ranking Beach Cross (novidade da TH5 Eventos). Como parte do ritual ou da minha cartilha, parei para tomar um açaí, junto com o grande Durval. Não satisfeito, ainda tomei sorvete, para assim, embarcar no ônibus de volta para São Paulo. Cheguei em casa e o jogo São Paulo x Corinthians já havia começado. Para coroar o excelente final de semana, o meu tricolor venceu, quebrou o tabu de quatro anos sem vencer o rival e o Rogério Ceni se consagrou ao marcar o 100º gol, no melhor estilo (cobrando falta), e fazendo História como o único e disparado goleiro da história a atingir a impressionante marca de 100 gols.

Eu e o Durval (5º lugar na faixa etária)

Quanto as observações: o evento foi bem organizado de uma maneira geral, a camiseta foi simples (não sou fã da empresa que confecciona), a hidratação foi excelente, exceto pela água quente após a prova, gostei muito do resultado ter sido enviado via torpedo SMS e a sinalização que estava bem visível. Elogios estendidos à medalha, apesar de não constar a data da realização (mas por ser prova única do circuito, só o fato de estar gravado “Bertioga” desobriga essa lembrança).

No próximo relato, contarei como fui parar em Ribeirão Pires para encarar o desafio de correr na Meia Maratona Trilheira, em 03/04/11.